Apesar de ser um dos sistemas de defesa antiaérea mais avançados do mundo, a Cúpula de Ferro israelita não conseguiu evitar que um míssil balístico iraniano atingisse um bairro nos arredores de Telavive. A maioria dos residentes conseguiu refugiar-se em abrigos subterrâneos, mas há registo de mortos e feridos.
A cerca de dois mil quilómetros de distância, a tensão também cresce em Teerão. As autoridades iranianas confirmam 60 mortos num edifício residencial atingido por bombardeamentos.
Este sábado, o presidente da Turquia afirmou que o mundo poderá estar a assistir ao início de uma guerra devastadora, um receio que parece ser confirmado pelas declarações dos responsáveis políticos de ambos os lados.
Benjamin Netanyahu promete atacar todos os símbolos do poder dos Ayatollahs, o que poderá significar que Israel tem como objetivo não só destruir o programa nuclear e o arsenal de mísseis balísticos do Irão, como também derrubar o regime.
Quase cinco décadas após a Revolução Islâmica, o regime iraniano enfrenta fragilidades: sanções económicas, descontentamento interno, isolamento diplomático e o enfraquecimento de aliados estratégicos como o Hezbollah e o Hamas.
Numa tentativa de sobreviver, Teerão pode arrastar a região para um conflito não só devastador como prolongado.