A fome continua a alastrar em Gaza, 600 dias depois do inicio do conflito. Numa tentativa desesperada de conseguir comida, centenas de pessoas precipitaram-se e invadiram um armazém do Programa Alimentar Mundial, da ONU, em Deir al-Balah. Pelo menos quatro pessoas morreram.
Duas das vítimas terão sido esmagadas e outras duas alvejadas, mas ainda se desconhece a origem dos disparos.
No Conselho de Segurança da ONU, o embaixador palestiniano não conseguiu conter a emoção. De lágrimas nos olhos, diz ser “insuportável” esta situação e questiona:
"Como é possível alguém fazer isto?" Tenho netos, sei o que eles significam para as suas famílias, e ver a situação destes palestinianos sem que tenhamos coragem para fazer algo vai para além da capacidade de tolerância de qualquer ser humano normal"
Apesar das críticas e da pressão, Israel prossegue com a ofensiva.
A retirada parcial das tropas israelitas de áreas recentemente ocupadas é um dos pontos da mais recente proposta dos EUA para um cessar-fogo.
Israel teria também de aceitar uma trégua de 60 dias e, em troca, o Hamas libertaria reféns vivos e os corpos de 18 pessoas.
A proposta, que já está a gerar várias críticas internas em Israel, prevê ainda que as Nações Unidas retomem a ajuda humanitária aos palestinianos.