Pelo menos 46 pessoas morreram na Faixa de Gaza, 31 das quais numa escola transformada em abrigo, no bairro de Al Daraj, no leste do território, informaram as autoridades de saúde.
"O ataque à escola no bairro de Daraj também feriu mais de 55 pessoas", disse Fahmy Awad, chefe do serviço de emergência da Defesa Civil de Gaza.
A mesma fonte adiantou que a escola foi atingida três vezes enquanto as pessoas dormiam.
O correspondente da Al Jazeera na zona informou que o bombardeamento provocou um grande incêndio numa área onde se encontravam várias pessoas, incluindo crianças.
As equipas de socorro conseguiram controlar o fogo, no bairro de Al Daraj, no leste de Gaza, onde também foram assistidos cerca de 55 feridos, lê-se numa mensagem da organização humanitária na plataforma de mensagens Telegram.
De acordo com o último relatório das autoridades médicas da Faixa de Gaza, citado por vários meios de comunicação social da região, o exército israelita matou 57 pessoas no enclave desde as primeiras horas da manhã de domingo.
Nesse dia, o Comité Internacional da Cruz Vermelha (ICRC, na sigla em inglês) em Khan Younis, sul da Faixa de Gaza, indicou que Israel matou dois trabalhadores da organização.
"Estamos desconsolados com a morte de dois dos nossos queridos colegas, Ibrahim Eid e Ahmad Abu Hilal, que foram mortos num ataque à sua casa em Khan Younis em 24 de maio de 2025", disse a organização num comunicado.
"O seu assassinato destaca o número intolerável de mortes de civis em Gaza. O ICRC reitera o apelo urgente para um cessar-fogo e para o respeito e proteção dos civis, incluindo o pessoal médico, de ajuda humanitária e da defesa civil", acrescentou a instituição na nota.
De acordo com a organização, Ibrahim Eid trabalhava como oficial de contaminação de armas para o ICRC, uma especialidade relacionada com munições não detonadas e com a libertação de materiais químicos no ambiente. Já Ahmad Abu Hilal era segurança no Hospital de Campanha da Cruz Vermelha em Rafah, também no sul de Gaza.
O chefe do Estado-Maior israelita, Eyal Zamir, afirmou no domingo, durante uma visita às tropas destacadas na Faixa de Gaza, que o exército está a intensificar os ataques no enclave, onde, segundo as autoridades de Saúde de Gaza, já foram mortas cerca de 53.900 pessoas, no âmbito da nova ofensiva lançada a 17 de maio para assumir o controlo daquele território.
"Estamos a intensificar a nossa atividade, de acordo com o plano. O Hamas está sob enorme pressão: perdeu a maior parte dos seus bens, comando e controlo. Vamos utilizar todas as ferramentas à nossa disposição para trazer os reféns para casa, desmantelar o Hamas e desmantelar o regime", disse Zamir, citado num comunicado do Estado-maior.