Guerra no Médio Oriente

Netanyahu encontra-se com Trump, mas fim da guerra em Gaza continua distante

O primeiro-ministro israelita está a caminho dos Estados Unidos para um encontro com Donald Trump. Em Telavive, não abrandam as manifestações contra a forma como Benjamin Netanyahu está a gerir as negociações para o regresso dos reféns sequestrados pelo Hamas. Em Gaza, todos os dias há funerais.

Joana Latino

As críticas a Israel não se resumem ao outro lado da barricada real de uma guerra na Faixa de Gaza. Dois deputados britânicos que se deslocaram a Israel em missão diplomática e humanitária foram expulsos do país acusados de agir contra o estado dirigido por Benjamin Netanyahu.

Inaceitável é uma palavra que os próprios israelitas usam contra a forma como o primeiro-ministro está a gerir as negociações com o Hamas, que nem conseguem a libertação dos reféns israelitas, nem parecem antever o princípio de qualquer paz.

Indiferente às acusações de genocídio do povo palestiniano, Netanyahu chega a Washington, nos Estados Unidos, a desejar tudo menos uma solução de compromisso em Gaza.

O primeiro-ministro de Israel diz que serão abordadas “questões relacionadas com os reféns e a conclusão da vitória em Gaza”, bem como as tarifas de 17% que os EUA impuseram ao país como parte do seu plano tarifário global "recíproco".

Todos os dias há funerais em Gaza

Hoje enterram-se homens, mulheres, crianças. Enterram-se também os que lá estavam para contar a história. Mas os palestinianos garantem que nada os calará quando a denúncia é sobre bombardeamentos furtivos noturnos em áreas residenciais.

"Espero mais massacres e mortes. Enquanto os árabes e muçulmanos continuarem a dormir, isto vai continuar. Não há esperança", diz Mohamed Abdel, que perdeu familiares em Gaza após ataques de Israel.

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