Guerra no Médio Oriente

"Perdi toda a minha família": regresso dos ataques israelitas mata centenas de pessoas em Gaza

Benjamin Netanyahu avisa que os ataques a Gaza voltaram para continuar. Só esta quarta-feira contam-se novas dezenas de mortos, entre eles dois funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU).

Catarina Neves

Com o retomar da guerra, regressam as imagens de destruição e morte que nunca deverão chocar mais do que a certeza da dor de quem é vítima de bombardeamentos, sobrevive, mas perde tudo.

O ponto zero, depois de quase dois meses de relativa acalmia nos ataques de Israel, a quem vive na Faixa de Gaza. Da madrugada de terça-feira, pelo menos 130 crianças morreram entre as mais de 400 vítimas, de acordo com os números da UNICEF. Da última madrugada outras dezenas de mortos, sendo que dois eram funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU).

A condenação dos novos ataques chega também pela voz de milhares de israelitas que estão nas ruas a protestar contra o Governo de Benjamim Netanyahu. Caminharam até à residência do primeiro-ministro para gritar contra o retomar das ações militares na faixa de Gaza até porque ainda há reféns israelitas em Gaza. Mas não são os únicos contra: o Presidente da França e o representante da China na ONU também se manifestaram.

Mas bem pode haver alguma consternação que o que o Governo israelita decidiu, está decidido.

Para além dos ataques aéreos, os militares israelitas publicaram um vídeo para que o mundo veja que já estão a operar no terreno. Um terreno onde comida e medicamentos não entram há vários dias e a água e a eletricidade estão cortadas.

As imagens que chegam daquela parte do mundo podem chocar quem vive noutras partes do mundo, mas nunca tanto como o choque que aquele pai e o outro e tantos outros vivem agora naquela parte do mundo.

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