Guerra no Médio Oriente

Israel quebra cessar-fogo com ataques aéreos em Gaza e garante que vão continuar

Israel lançou uma vaga de bombardeamentos na Faixa de Gaza, que mataram mais de 400 pessoas, muitas crianças. O ministro israelita da Defesa assegura que os ataques vão continuar, enquanto os reféns do Hamas não regressarem a casa.

Cristina Neves

Das cadeiras da sala de comando, o chefe do Estado-Maior, o chefe dos serviços de informações e o comandante da Força Aérea israelita assistem pelos monitores aos ataques aéreos, que quebraram o cessar-fogo acordado, condenando os habitantes de Gaza a uma nova vaga de mortes, sofrimento e desesperança.

Benjamin Netanyahu alega que os ataques são a resposta à recusa do Hamas em libertar os restantes reféns. Uma posição rebatida pelo grupo terrorista e, pelos mediadores, mas respaldada pela administração Trump.

A expressão 'inferno' tornou-se um slogan.

As forças de defesa de Israel insistem ter atacado alvos terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica, que acusam de planear investidas contra civis e soldados israelitas. O ministro da Defesa assegurou que a ofensiva vai continuar.

Gaza sem abastecimento elétrico e a ajuda humanitária

Em Israel, o retomar da ofensiva angustia quem anseia pelo regresso dos reféns em Gaza.

O primeiro-ministro israelita há muito que expressava a intenção de prosseguir a guerra até que o Hamas fosse destruído. Com a pressão da ala política e religiosa mais radical e o risco da coligação cair, a guerra desvia atenções. Itamar Ben-Gvir, que deixou o Governo devido a divergências sobre o cessar-fogo em Gaza, já se juntou novamente à coligação.

A sobrevivência política de Benjamin Netanyahu disso depende, sobretudo quando está a ser julgado por uma série de acusações de corrupção.

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