No Médio Oriente, o cessar-fogo em Gaza esta a ser manchado por uma nova ofensiva israelita na Cisjordânia ocupada.
O chefe dos serviços de informações internos de Israel (Shin Bet), Ronen Bar, sugeriu que a macro-operação lançada terça-feira contra a cidade de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, faz parte da guerra contra o Hamas.
"Estamos numa guerra com várias etapas. Agora é a hora da Samaria", disse Bar durante uma visita à área, onde usou o nome bíblico para o norte da Cisjordânia, em comentários partilhados pelo exército.
Israel lançou na terça-feira uma operação maciça, apelidada de "Muro de Ferro", contra a cidade de Jenin e respetivo campo de refugiados, reduto histórico das milícias palestinianas e que já provocou a morte de pelo menos 12 palestinianos, segundo as autoridades sanitárias locais.
De acordo com as forças israelitas, dois dos mortos durante a operação faziam parte de um grupo de três milicianos que, no início de outubro, mataram dois colonos israelitas e um polícia num ataque perto da cidade palestiniana de al-Funduq, que está rodeada de colonatos judeus ilegais.
Ataque começou dois dias depois da trégua em Gaza
O ataque a Jenin começou apenas dois dias após a entrada em vigor da trégua entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.
O ministro das Finanças israelita, Bezalel Smotrich, que se opõe ao acordo de cessar-fogo e ameaçou derrubar o governo se Israel não retomar a sua ofensiva no enclave, disse na terça-feira que a pacificação da Cisjordânia se tornou um dos "objetivos de guerra" do país.
Com LUSA