No Parlamento de Israel, familiares dos reféns do Hamas interromperam a reunião do comité do orçamento. O grupo insultou o ministro das Finanças por ter considerado que um acordo de cessar-fogo seria uma catástrofe para a segurança do país.
Espelho da divisão reinante na coligação governamental de Israel, o ministro dos Negócios Estrangeiros admite que há progressos nas conversações com o Hamas, mediadas pelos Estados Unidos, pelo Qatar e pelo Egito.
O Hamas também admitiu avanços significativos nas discussões indiretas com os israelitas. Prometeu uma resposta positiva ao rascunho do acordo já apresentado às delegações pelos mediadores. A tomada de posse de Donald Trump, marcada para 20 de janeiro, é já encarada oficialmente como o prazo-limite para um eventual entendimento.
Nas negociações do Qatar participa o enviado especial para o Médio Oriente do próximo presidente dos Estados Unidos. A semana passada, foi ao lado de Steve Witkoff que Donald Trump pressionou o Hamas para libertar os reféns.
Na Faixa de Gaza está suspensa a ajuda humanitária. Uma escola da maior cidade, onde dormiam famílias deslocadas, foi um dos alvos dos bombardeamentos desta segunda-feira que provocaram dezenas de vítimas.
Israel mantém a ofensiva centrada no norte do território e diz que tenta travar o reagrupamento do Hamas. Já os palestinianos acusam Telavive de matar civis, tentar despovoar a área e criar uma zona tampão.