Guerra no Médio Oriente

"Estamos muito perto": Estados Unidos dizem que acordo para trégua em Gaza está "iminente"

Há mais de um ano que o Qatar, Estados Unidos e o Egito estão empenhados em negociações para um cessar-fogo e a libertação dos reféns ainda detidos em Gaza desde o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas a Israel, no dia 7 de outubro de 2023.

Aurélio Faria

A imprensa libanesa avança que o Hamas poderá libertar dezenas de reféns em troca de oito semanas de tréguas. Oficialmente, mantém-se o impasse e a ofensiva israelita provocou mais dezenas de vítimas em Gaza.

O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, afirmou esta quarta-feira, em Paris, que está "muito próximo" um acordo sobre uma trégua na Faixa de Gaza, que é objeto de negociações indiretas entre Israel e o Hamas no Qatar.

"No Médio Oriente, estamos muito perto de um cessar-fogo e de um acordo sobre os reféns", afirmou Blinken, numa conferência de imprensa com o seu homólogo francês, Jean-Noël Barrot.

Israel manteve a ofensiva no norte e no centro da Faixa de Gaza, e garante que matou esta quarta-feira mais envolvidos nos ataques de 7 de outubro de 2023. Já os serviços de saúde do Hamas dizem que a maioria das vítimas dos bombardeamentos são civis, mulheres e crianças.

O ministério israelita da Defesa anunciou entretanto que recuperou de Rafah, no sul de Gaza, o corpo de um refém, já anteriormente localizado.

Confirmou que se mantém oficialmente um impasse no Qatar onde decorrem as negociações entre Israel e o Hamas.

Em Telavive, os familiares dos reféns voltaram a bloquear a principal estrada, e exigiram um acordo imediato de cessar-fogo. Também em Telavive, cresce a contestação e ganha força o movimento de reservistas que não quer combater em Gaza.

Já no Líbano, as tropas israelitas mantêm a retirada prevista do sul do país.

Ao mesmo tempo, acusam o Hezbollah de violações do acordo de tréguas assinado o mês passado. O acordo prevê a deslocação do movimento xiita para norte do rio Litani, a 30 quilómetros da fronteira assim como o desmantelamento da sua infraestrutura militar na região.

Últimas