O Egipto acusa Israel de boicotar um acordo de libertação dos reféns. A acusação coincide com a suspensão temporária de funções de Benjamin Netanyahu, que vai ser submetido a uma cirurgia, numa semana que arranca com bombardeamentos a hospitais do norte de Gaza.
O Qatar retomou as conversações com o Hamas para negociar as tréguas na Faixa de Gaza. O Egito, outro dos mediadores, acusou Israel de colocar entraves, cada vez que surgem hipóteses de entendimento e de um acordo de paz.
Em Israel, o fim de semana voltou a ser de contestação ao governo de Benjamin Netanyahu. Milhares de manifestantes pediram ação, exigindo um acordo para a libertação dos reféns, no mesmo dia em que foi divulgado o relatório que confirma torturas sistemáticas do Hamas aos cativos israelitas em Gaza.
Já Netanyahu não reagiu à contestação popular. O chefe do governo foi, este domingo, submetido a uma cirurgia à próstata. Estará ausente, em convalescença, durante uma semana. Será substituído no cargo pelo ministro israelita da Justiça.
Gaza continua sob fogo
No norte da Faixa de Gaza, os alvos dos bombardeamentos israelitas foram, este domingo, dois hospitais. São locais onde, segundo Israel, se escondem operacionais do Hamas. Os palestinianos desmentem os israelitas e falam em dezenas de vítimas civis só este fim de semana.
No norte de Gaza, o exército israelita divulgou um vídeo das operações militares no hospital Kamal Adwan. No interior, foi encontrado arsenal. Foram detidos dezenas de suspeitos de terrorismo, entre os quais o próprio diretor. Sem apresentar provas, Telavive acusa o médico de ser um dos chefes operacionais do Hamas.