Guerra no Médio Oriente

Israel volta a disparar contra forças das Nações Unidas no Líbano e faz dois feridos

Força Interina das Nações Unidas no Líbano tem cerca de 10 mil soldados no país. Tem como função monitorizar a fronteira terrestre com Israel e facilitar a chegada de ajuda humanitária ao território libanês. 

Cristina Neves

As forças israelitas voltaram a disparar contra instalações da Organização das Nações Unidas (ONU) no Líbano, fazendo mais dois feridos. Israel limita-se a dizer que deu indicações aos capacetes azuis para se abrigarem.  

À medida que se somam episódios de violência contra os capacetes azuis no Líbano,cresce a condenação à conduta das forças israelitas. Os relatos de provocações, hostilidade e agressões denunciam um crescendo que parece excluir meros incidentes. 

Na quarta-feira, disparos atingiram câmaras de vigilância. Na quinta-feira, um carro de combate disparou contra uma torre de vigia e feriu dois soldados indonésios. Um bunker onde se abrigavam tropas internacionais também foi alvo de disparos. 

Já esta sexta-feira, mais dois capacetes azuis, desta vez do Sri Lanka, ficaram feridos na sede da Força Interina das Nações Unidas no Líbano. Retroescavadoras derrubaram barreiras nas instalações em Labbouneh. 

Perante a perplexidade do mundo, o representante de Telavive na ONU exortou o conselho a implementar a resolução que apela a um cessar-fogo permanente, baseado na criação de uma zona tampão. 

Horas antes, António Guterres - que Netanyahu considerou persona non grata - sublinhou a condenação de outros atores internacionais. 

Força Interina das Nações Unidas no Líbano tem cerca de 10 mil soldados no país. A força foi criada para monitorizar a chamada linha azul, a fronteira terrestre acordada não oficialmente entre Israel e o Líbano. Tem também a missão de facilitar a chegada de ajuda humanitária ao sul do território libanês. 

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