As forças israelitas voltaram a disparar contra instalações da Organização das Nações Unidas (ONU) no Líbano, fazendo mais dois feridos. Israel limita-se a dizer que deu indicações aos capacetes azuis para se abrigarem.
À medida que se somam episódios de violência contra os capacetes azuis no Líbano,cresce a condenação à conduta das forças israelitas. Os relatos de provocações, hostilidade e agressões denunciam um crescendo que parece excluir meros incidentes.
Na quarta-feira, disparos atingiram câmaras de vigilância. Na quinta-feira, um carro de combate disparou contra uma torre de vigia e feriu dois soldados indonésios. Um bunker onde se abrigavam tropas internacionais também foi alvo de disparos.
Já esta sexta-feira, mais dois capacetes azuis, desta vez do Sri Lanka, ficaram feridos na sede da Força Interina das Nações Unidas no Líbano. Retroescavadoras derrubaram barreiras nas instalações em Labbouneh.
Perante a perplexidade do mundo, o representante de Telavive na ONU exortou o conselho a implementar a resolução que apela a um cessar-fogo permanente, baseado na criação de uma zona tampão.
Horas antes, António Guterres - que Netanyahu considerou ‘persona non grata’ - sublinhou a condenação de outros atores internacionais.
A Força Interina das Nações Unidas no Líbano tem cerca de 10 mil soldados no país. A força foi criada para monitorizar a chamada linha azul, a fronteira terrestre acordada não oficialmente entre Israel e o Líbano. Tem também a missão de facilitar a chegada de ajuda humanitária ao sul do território libanês.