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Partidos reagem à 13.ª demissão no Governo em apenas 16 meses

Ao contrario do assessor-fantasma, que nunca apareceu, as reações dos partidos à polémica com Marco Capitão Ferreira, o secretário de Estado exonerado, não tardaram a surgir.

SIC Notícias

Os partidos exigem que se mantenha a audição parlamentar a Marco Capitão Ferreira, apesar da exoneração do secretário de Estado da Defesa. A atual e o anterior ministro da Defesa também estão a ser chamados para dar explicações.

Rodrigo Saraiva, líder parlamentar do Iniciativa Liberal, diz que este é “mais um caso que o PS não aprende nem se arrepende e que ”era óbvio que Marco Capitão Ferreira não tinha condições para sequer entrar no Governo". Já Jorge Paulo Oliveira, do PSD, frisa que o executivo “não consegue desvencilhar-se dos casos e dos casinhos”. “Continua tudo sem esclarecimentos”, remata André Ventura, líder do Chega.

Os políticos pedem explicações e exigem a presença da atual e do anterior ministro da Defesa no parlamento.

Com Marco Capitão Ferreira, já são 13 as demissões no histórico do Executivo em apenas 16 meses, além de uma sucessão de casos que afasta o Governo do essencial. É o que aponta o PAN, o PCP e o Bloco de Esquerda.

Joana Mortágua, líder do Bloco de Esquerda, afirma que "um Governo que está envolvido e em permanente gestão de casos e casinhos e de suspeitas está demasiado distraído para governar o país". Para João Dias, do PCP, a demissão “peca por tardia”, enquanto Inês de Sousa Real, do PAN, diz que a população continua “refém de uma instabilidade política que não permite o foco no essencial”.

Eurico Brilhante Dias admite um “padrão” de erros

Eurico Brilhante Dias, líder parlamentar e secretário nacional do PS, confessa que há poucos casos claros.

"Há um padrão que, em algumas circunstâncias, parece pouco claro. Mas é transversal a todos os governos. Não é uma questão do PS, do PSD ou do CDS. (...) Mas acho que nenhum português, com um mínimo de atenção, pode considerar que nao tem episódios".

Quarta-feira está prevista a audição parlamentar a Marco Capitão Ferreira. Os partidos esperam que a demissão não seja usada para impedir a ida do ex-secretário de Estado ao Parlamento.

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