Um repórter da agência de notícias francesa, AFP, viu centenas de palestinianos a sair de Shejaiya, uma área devastada por mais de um mês de combates entre Israel e o movimento islâmico Hamas, no poder na Faixa de Gaza.
Outros milhares mais abandonaram as zonas de Zeitun e Shaaf, alarmados por uma série de explosões, e estão a dirigir-se para abrigos em escolas das Nações Unidas, segundo testemunhas.
A ONU declarou na segunda-feira que mais de 237.600 palestinianos se encontravam já refugiados em 81 escolas da organização internacional em toda a Faixa de Gaza.
Hoje, Israel ordenou aos seus negociadores que abandonassem as conversações de paz no Cairo e regressassem ao país e a aviões de combate que bombardeassem Gaza, depois de três 'rockets' palestinianos terem caído no sul do seu território, enquanto as duas partes cumpriam um cessar-fogo de 24 horas que só terminaria à meia-noite local (22:00 em Lisboa).
Nove dias de relativa tranquilidade nos céus sobre Gaza chegaram abruptamente ao fim quando os três 'rockets' atingiram o sul de Israel, apenas a sete horas do fim da trégua provisória.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, imediatamente ordenou uma resposta militar, com bombardeamentos aéreos.
Dois meninos de seis e nove anos ficaram feridos com alguma gravidade na cidade de Rafah, no sul do enclave palestiniano, indicou um porta-voz dos serviços de emergência palestinianos.
Lusa/fim