Gaza

Exército israelita admite que soldado desaparecido pode estar morto

O exército israelita admitiu hoje que o  soldado desparecido há dias em Gaza pode estar morto após um ataque à sua  viatura blindada sábado à noite, e sugeriu que o movimento islamita Hamas  se apoderou do número de identificação.  

No domingo, as brigadas Ezzedine el Qassam, o braço armado do Hamas,  reivindicaram a captura do soldado Shaul Aron, 21 anos, e forneceram o número  da sua placa de identificação: 6092065.   

Fontes militares citadas pela agência noticiosa Efe referiram que o  militar da brigada Golani integrava a tripulação de um M-133, veículo blindado  de origem norte-americana para o transporte de tropas, que na noite de sábado  foi destruído por uma granada antitanque RPG.  

O Tzahal (exército israelita) confirmou apenas hoje o seu estatuto de  "desaparecido", num ataque onde terão sido mortos no local sete soldados  e enquanto prosseguem os testes para identificar os corpos. Pouco depois,  o Hamas reivindicava a captura de um militar e divulgou o seu nome e identidade,  que são corretos.  

No terreno, e enquanto prossegue a ofensiva israelita em Gaza, desencadeada  em 08 de julho e que já provocou a morte de mais de 600 palestinianos, na  maioria civis, as companhias aéreas norte-americana Delta, US Airways e  United Airlines anunciavam a suspensão dos voos com destino a Israel, após  ter sido registado o impacto de um 'rocket' palestiniano nas proximidades  do aeroporto Ben Gurion.  

A Delta precisou que um dos seus Boeing 747 que partiu do aeroporto  JFK de Nova Iorque com destino a Telavive, com 290 passageiros a bordo,  foi desviado para Paris-Charles de Gaulle. 

Em Gaza, a cadeia televisiva do Qatar Al-Jazira anunciava por sua vez  que o seu escritório na capital do enclave palestiniano foi atingido por  disparos israelitas, e responsabilizou o Tzahal pela segurança do seu pessoal.

O escritório da Al-Jazira está situado no 11 piso de um edifício de  apartamentos do centro da cidade de Gaza, e onde também estão instalados  diversos 'media' locais e internacionais.  

No mesmo local, mas num outro corredor, situam-se os escritórios da  agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP), e um centro de  imprensa palestiniano.  

     

Lusa

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