Denunciando um "balanço humano extremamente pesado", Laurent Fabius, que se encontra no Cairo, considerou um cessar-fogo "indispensável" para "acabar a espiral de violências e proteger as populações civis".
"O cessar-fogo é urgente e imperioso", insistiu o responsável francês.
Na terça-feira, o Egito, habitual mediador nos conflitos entre o Hamas e Israel, tentou, em vão, que o movimento aceitasse um cessar-fogo. Dois dias mais tarde, Israel lançava uma ofensiva terrestre no enclave palestiniano, onde em 12 dias 318 pessoas foram mortas pelo exército israelita.
"A prioridade absoluta é o cessar-fogo, mas é necessário garantir uma trégua duradoura" que tenha em conta "as necessidades de Israel em termos de segurança", tal como os pedidos palestinianos, disse Laurent Fabius, evocando as pretensões palestinianas respeitantes à entrada de bens e de pessoas na faixa de Gaza.
"Apoiamos totalmente os esforços do Egito", afirmou o chefe da diplomacia francesa, referindo o cessar-fogo defendido pela Liga Árabe e aprovado por França.
O ministro dos Negócios Estrangeiros francês encontrou-se hoje com o Presidente egípcio Abdel Fattah al-Sissi e disse ter contactado com responsáveis da Turquia, do Qatar e dos EUA, tal como com o Presidente palestiniano Mahmoud Abbas para analisar soluções para a saída desta crise.
O exército israelita iniciou na quinta-feira a segunda incursão terrestre em Gaza desde que, em 2007, o movimento palestiniano islamita Hamas assumiu o controlo político e militar do território.
Lusa