A maioria das sondagens publicadas até este sábado mostram que a Iniciativa Liberal pode ser um dos partidos que mais estão a conquistar eleitorado. As notícias podem antecipar um entendimento com a Aliança Democrática para um eventual futuro governo de direita, mas a avaliar pelas palavras de Mariana Leitão, esse entendimento deve ficar circunscrito à Assembleia da República.
Quando a pergunta é sobre se tem intenção de ir para o governo a resposta é rápida: “Não queremos ir para o governo só porque sim”, surgindo o complemento mais à frente: “A influência também se vê na Assembleia da República e quanto maior for o nosso grupo parlamentar, maior será essa capacidade de influenciar a governação”.
Para além de candidata a deputada nas listas dos liberais, Mariana Leitão também é candidata à Presidência da República, um cenário que não se vai alterar independentemente dos resultados de 18 de maio: “Aconteça o que acontecer vou mesmo ser candidata à presidência” e Já será uma enorme vitória ter as ideias liberais nessas eleições”.
Defesa: “Ninguém vai cortar em hospitais nem em escolas”
A conjuntura internacional trouxe o tema da defesa para o centro do debate das legislativas. Neste momento, Portugal gasta pouco mais do que 1,5% do PIB nesta área e por isso está a ser fortemente pressionado a mudar de postura. A Nato já fala em 3% do PIB e os Estados Unidos em 5%, quando Portugal definiu 2029 como ano em que chegará aos 2%. Mariana Leitão afasta os fantasmas dos cortes no estado social: “Ninguém vai cortar em hospitais ou nas escolas”.
Sobre se é necessário prescindir dos cortes nos impostos defendidos nos últimos anos pelos liberais, a líder parlamentar diz apenas que “vamos conseguir dinheiro para a defesa tornando o estado mais eficiente”.
Todas as semanas, um Facto Político é analisado por um protagonista da atualidade. Entrevistas diretas ao centro das questões que dominam a vida política nacional. Ao sábado, na SIC Notícias, com o jornalista Diogo Teixeira Pereira.