Europeias 2024

Portugueses chamados às urnas: eleitores podem votar em qualquer parte do país e até no estrangeiro

Nestas eleições é possível votar em mobilidade, significa isto que qualquer eleitor se pode deslocar a qualquer mesa de voto, em Portugal e até no estrangeiro, para exercer o seu direito.

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SIC Notícias

Mais de 10 milhões de eleitores recenseados no território nacional e no estrangeiro são este domingo chamados às urnas para eleger os 21 representantes nacionais no Parlamento Europeu.

As mesas de voto, para as segundas eleições em três meses, estarão abertas entre as 08:00 e as 19:00 em Portugal continental e na Madeira, enquanto nos Açores abrem e fecham uma hora mais tarde em relação à hora de Lisboa, devido à diferença horária.

Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, estão inscritos nos cadernos eleitorais para as eleições deste domingo um total de 10.819.317 cidadãos nacionais e 11.255 cidadãos estrangeiros, que perfazem um total de 10.830.572 de eleitores.

No estrangeiro estão inscritos cerca de 1.5 milhões de eleitores portugueses, dos quais pouco mais de 900 mil vão votar dentro da Europa e 643 mil estão inscritos fora do continente europeu.

Nestas eleições, devido à existência de cadernos eleitorais desmaterializados, os eleitores vão poder votar em qualquer parte do país, ou seja, sem terem de informar previamente ou fazer uma inscrição para irem votar fora da sua mesa de voto habitual, bastando apresentar um documento oficial de identificação com fotografia atualizada.

"Não votar é meter a cabeça na areia"

No sábado à noite, o Presidente da República fez uma declaração ao país para apelar ao voto nas eleições europeias. Na declaração, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que "não votar é meter a cabeça na areia" e perder “por falta de comparência”.

O chefe de Estado afirmou que "este voto é muito diferente de 2019", antes da pandemia e da guerra na Europa: "Vivemos o que sabemos ser a situação mais grave na Europa nos últimos 30 anos”.

“Agora o que está em causa é uma guerra”, lembra Marcelo. “Não podemos fazer de conta de que não há guerra, que nos é indiferente (...) que não nos toca a todos nos preços, nos salários, no emprego, na incerteza sobre o nosso futuro.”

“Não votar é metermos a cabeça na areia e perdermos por falta de comparência. Em vez de dizermos o que queremos, de darmos mais força aos nossos representantes na Europa, de darmos mais força à Europa no mundo.”

Portugal registou a pior taxa de abstenção em 2019

Em Portugal, concorrem a estas eleições europeias, para as quais se inscreveram para votar antecipadamente no domingo passado mais de 252.000 eleitores, 17 partidos e coligações.

Em 2019, nas anteriores eleições europeias, Portugal registou a pior taxa de abstenção (68,6%) desde que pertence à União Europeia, em contraciclo com a participação na Europa - cerca de 50%.

Além das regionais nos Açores e na Madeira, estas são as segundas eleições de âmbito nacional em Portugal este ano, depois das legislativas antecipadas de 10 de março passado, convocadas na sequência da demissão do então primeiro-ministro, António Costa (PS), após ter sido tornado público que era alvo de um inquérito judicial.

Entre quinta-feira e este domingo, cerca de 373 milhões de eleitores europeus nos 27 Estados-membros da União Europeia elegem os 720 novos membros do Parlamento Europeu.


Com Lusa

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