O candidato da AD às europeias, Sebastião Bugalho, questionou este sábado as linhas vermelhas do PS e criticou a vinda a Portugal do candidato socialista à Comissão Europeia, Nicolas Schmit, que se junta a Marta Temido.
"O importante (...) era o Partido Socialista português definir quais é que são as suas linhas vermelhas, porque o candidato Nicolas Schmit é apoiado e a sua eleição dependerá de governos na Europa, como o Governo de Malta, onde sim o aborto está criminalizado, pelo Governo socialista da Dinamarca, onde sim a deportação de imigrantes para países terceiros existe, e pelo Governo espanhol, onde sim há muros e fronteiras físicas nas suas fronteiras", disse o candidato.
Numa ação de campanha este sábado, em Vila Nova de Gaia, afirmou ainda que as linhas vermelhas da AD são "muito claras": a democracia, os direitos humanos, a defesa do Estado de direito, a pertença europeia e a paz na Ucrânia.
Bugalho reafirma defesa dos direitos das mulheres
Após ser abordado por uma corredora que lhe pediu uma selfie, mas disse que gostaria de ver “uma mulher à frente”, Bugalho falou sobre os direitos das mulheres, garantindo os seus direitos "são consagrados e defendidos" na lista da Aliança Democrática.
No final da iniciativa de campanha, o candidato foi questionado pela comunicação social se esta potencial eleitora não via no cabeça de lista da AD "alguém que fosse o garante desses direitos" das mulheres".
"Até lamento a sua pergunta porque entendeu mesmo mal. Se uma mulher achasse que os seus direitos não estavam salvaguardados por esta equipa não parava para tirar uma fotografia na rua connosco", respondeu Bugalho, pedindo ao jornalista "que fizesse uma pergunta fundamentada, factual e bem-intencionada".
O candidato da AD disse até conseguir compreender a posição da corredora, em ter gosto de "ver as mulheres liderarem".
Questionado pelos jornalistas sobre acusações que lhe têm sido feitas, nomeadamente pelas cabeças de lista do PS, Marta Temido, e do BE, Catarina Martins, de que a AD não dá garantias de não haver retrocessos nos direitos das mulheres, Sebastião Bugalho pediu para serem dados exemplos concretos e não serem feitas "insinuações que nunca concretizam".
Sobre a posição da AD contra a inclusão do aborto como direito fundamental da União Europeia, Sebastião Bugalho repetiu a posição que tem transmitido em debates e entrevistas e que também já foi expressa pelo presidente do PSD, Luís Montenegro.
"A Interrupção Voluntária da Gravidez é um mecanismo que gere dois direitos, sendo uma gestão de dois direitos não poderia estar consagrado como um direito único. Mas este não é o assunto desta campanha, até porque essa votação já aconteceu", considerou.
O candidato da AD Sebastião Bugalho começa o sexto dia de campanha no distrito do Porto, onde contacta com eleitores na marginal, na zona pedonal e esplanadas da praia de Lavadores, em Vila Nova de Gaia, e visita depois a Fundação Serralves.
Depois de um almoço comício em Paços de Ferreira, Bugalho prossegue a campanha em Guimarães e encerra o sexto dia, ao lado do secretário-geral do PSD, Hugo Soares, num comício em Barcelos.
Com Lusa