Os Países Baixos derrotaram este domingo a Polónia, no primeiro jogo do dia. O resultado final (2-1) demorou a ser construído e engana o espetador sobre o que realmente foi esta partida, que abriu o grupo D do Euro 2024.
A antiga seleção de Fernando Santos, que ainda orientou os polacos na fase de qualificação para o Europeu, aguentou até aos 83' contra uma "laranja" que procura voltar a ser mecânica, num duelo que teve como árbitro o português Artur Soares Dias.
O relógio ainda não marcava três minutos e Cody Gakpo já causava perigo, obrigando Szczesny a fazer a primeira de muitas defesas neste jogo. Era a demonstração de intenções dos Países Baixos, que entraram para mandar no Volksparkstadion, em Hamburgo.
Memphis Depay ia dando apoio em todo o terreno, arriscando fintas que vão certamente parar aos highlights das redes sociais, e a seleção ia avançando, costurando entre as linhas adversárias. Desde trás, principalmente com Nathan Aké, a equipa conseguia encontrar os espaços para, nos últimos metros, fazer mossa.
Aos 9 minutos, uma triangulação pela direita terminou com um remate ao primeiro toque de Tijjani Reijnders, noutra oportunidade flagrante e precoce.
Sem Lewandowski, há Adam Buksa
No entanto, de forma mais pragmática, quem entrou em vantagem foi a Polónia. Não havia Robert Lewandowski - no banco devido a problemas físicos - mas há Adam Buksa, avançado que, de cabeça, abriu o marcador na sequência de um canto.
Poucos minutos depois, também num pontapé de canto, Virgil van Dijk rematou entre as pernas de um adversário, para Szczesny, num movimento de puro reflexo, operar mais uma grande defesa.
Os Países Baixos, com a desvantagem no marcador, passaram a jogar ainda melhor. Faziam tudo bem, pelos lados ou pelo centro, variando jogadas e entrando em zonas de finalização, onde pecavam consecutivamente.
Era este o roteiro do jogo, até que Aké recuperou uma bola no campo ofensivo, Cody Gakpo arriscou de fora da área e um desvio traiu o guardião polaco. Um golpe de sorte, mas merecido para os Países Baixos, aos 29'.
Com o empate, a seleção orientada por Koeman continuou por cima, mas o ritmo baixou até ao final da primeira parte, embora Gakpo tenha tido tempo de colocar mais um lance na lista de falhanços.
A etapa final trouxe uma Polónia que acordou aos 57', com um lançamento da esquerda para a direita a isolar Kiwior, que obrigou Bart Verbruggen a tirar o pó das luvas.
Do defesa para o avançado, saiu a vitória
A partir deste lance, os polacos criaram algumas oportunidades consecutivas, baralhando as marcações da Holanda. Um momento do jogo que pouco durou, com os Países Baixos a assumirem novamente as rédeas do encontro.
Ao minuto 83', Nathan Aké - seguro na defesa e influente no ataque - encontrou o número ‘9’ livre dentro da área. Wout Weghorst, que tinha entrado três minutos antes, não perdoou e garantiu uma vitória justa, mas sofrida.