António José Seguro é oficialmente candidato a Presidente da República. Não tem para o apoio oficial do PS, mas conta com algumas importantes figuras socialistas. No habitual Expresso da Manhã, Paulo Baldaia analisa o que terá motivado Seguro a avançar.
"Julgo que ele já tinha há muito na cabeça a decisão de avançar como candidato e que a questão era a de perceber a melhor altura de o fazer. Precisou de esperar para perceber quanto valia o PS em legislativas e hoje pode apresentar-se como não estando necessitado do apoio do partido que liderou porque esse apoio já não vale o que valia, por exemplo, há três anos, quando o PS conseguiu uma maioria absoluta.
Hoje ter o apoio do PS não é garantia de sucesso em eleição nenhuma e não é seguramente numas presidenciais", considera o jornalista do Expresso.
Na opinião de Paulo Baldaia, era mais importante para Seguro perceber se na área política do centro-esquerda haveria mais candidatos para então avançar e tentar condicionar o surgimento de uma candidatura na área socialista.
Seguro diz-se livre de amarras partidárias e, perante o atual momento que o PS atravessa, esse desprendimento pode ser uma vantagem.
"Quem se lembra de António José Seguro na política lembra-se de António José Seguro pouco amado no PS, quando o PS era liderado por José Sócrates, quando foi liderado por António Costa, que aliás levou a uma retirada de António José Seguro, isso permite-lhe, entre aqueles que são candidatos claramente com passado partidário, ser o que mais facilmente consegue apresentar-se como estando livre, como não tendo amarras a um partido", realça o comentador da SIC.
O Programa de Governo, que começa a ser debatido esta terça-feira no Parlamento, é outro dos temas em análise no Expresso da Manhã, por Paulo Baldaia.