André Ventura, presidente do Chega, anunciou este sábado que se vai candidatar à Presidência da República, nas eleições presidenciais em 2026. Alexandre Poço, do PSD, e Ana Catarina Mendes, do PS, não ficaram surpreendidos com a candidatura e consideram que o Chega é um partido centrado em Ventura.
O deputado do PSD Alexandre Poço diz que não ficou surpreendido com a candidatura de André Ventura.
Na SIC Notícias, sugere que a candidatura do líder do Chega mostra que o partido se resume à figura de André Ventura.
“Reforça uma ideia que tenho, de que o partido Chega é um partido de um homem só, há um chefe e é o chefe que tem de ir a todas as eleições”, afirma.
É uma candidatura que o PSD "irá combater”, apoiando outra candidatura “a seu tempo”, refere o deputado.
“Após aparecerem candidatos que reúnam um conjunto de caraterísticas que para o PSD serão importantes (…), penso que o PSD não terá dificuldade em dar apoio a um candidato”, diz ainda.
Ana Catarina Mendes, do PS, diz que também não ficou surpreendida.
“É mais do mesmo, não há surpresa nesta candidatura (…). Este partido é um partido de um homem só, do culto do líder. Ele existe para todos os cargos e é candidato a todos os cargos, à exceção das últimas europeias”, afirma.
Considera que André Ventura se candidata à Presidência da República porque sabe que está a “perder espaço”. A socialista diz ainda, na SIC Notícias, que a carta do líder do Chega aos deputados é uma “tentativa de afirmação”.
Ventura na corrida a Belém
André Ventura avança com a candidatura à Presidência da República. O presidente do Chega informou os deputados este sábado.
A candidatura será oficializada no dia 28 de fevereiro, às 20:00, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
Ventura informou os deputados do Chega este sábado à tarde por carta, a que a SIC teve acesso.
André Ventura destaca que as eleições presidenciais são “particularmente importantes” para a afirmação do Chega enquanto alternativa de poder em Portugal.
Entre “diversas” razões, o líder do Chega destaca a necessidade de uma “candidatura que represente o espaço da Direita anti-corrupção e anti-emigração".
Acrescenta que vai avançar também para evitar que outros candidatos possam ter o apoio do Chega sem gostar do partido.
“Não estamos à venda, nem aceitamos ceder os nossos votos e o nosso apoio para ninguém que não queira, não mereça ou rejeite o nosso apoio”, escreve.
Na carta aos deputados, o líder do Chega refere que pretende “expressar a maioria crescente” contra o “sistema vigente de bipartidarismo e de negociatas do regime”.
Termina a carta a dizer que uma das prioridades da candidatura será a defesa das forças de segurança, dos polícias e dos magistrados na luta contra o crime, face ao “contexto de insegurança que se vive em Portugal”.