A 6 de janeiro de 2021, o mundo olhava incrédulo para Washington, onde uma multidão de apoiantes de Donald Trump tentava impedir a confirmação da vitória de Joe Biden nas eleições com um assalto ao Capitólio. Quatro anos depois, no dia da certificação dos resultados, os democratas prometem uma transição pacífica de poder.
Os acontecimentos que a 6 de janeiro de 2021 abalaram as fundações da democracia americana, transformaram o que era até então uma mera formalidade, num dia particularmente simbólico.
A certificação pelo congresso dos resultados eleitorais da eleição de novembro foi presidida por Kamala Harris, que confirmou a sua própria derrota, no dia que faz precisamente quatro anos depois de discurso incendiário proferido a poucos metros do edifício pelo então ainda presidente.
O ainda presidente Joe Biden prometeu uma transição de poder pacífica, mas alerta para as tentativas de reescrever o 6 de janeiro.
A revisão histórica poderá ter um novo impulso com o regresso de Donald Trump à Casa Branca e beneficiar centenas de pessoas condenadas pela insurreição, mas é particularmente penosa para quem esteve na frágil primeira linha de defesa do Capitólio.
Em janeiro de 2022, no Texas, Donald Trump prometia uma outra justiça para os condenados caso fosse eleito e a história pode começar a ser reescrita a 20 de janeiro.