Em contagem decrescente para as eleições nos EUA, Kamala Harris e Donald Trump estiveram, novamente, no decisivo estado da Pensilvânia. Kamala voltou a colocar em causa a idoneidade do adversário que, por sua vez, decidiu improvisar e transformar o comício numa espécie de concerto.
O comício de Donald Trump na Pensilvânia era para ser uma sessão de perguntas e resposta.
"Ponham o Pavarotti a cantar 'Ave Maria'. Bem alto. Ponham mais alto. Queremos agitação", diz Trump.
Maestro da improvisação, Trump reagiu aduas emergências médicas causadas pelo calor que se fazia sentir na sala. Ganhou embalo e o comício já não voltou ao formato original.
"Quero que esta seja uma noite muito importante. E as pessoas que desfaleceram são patriotas e adoramo-las. E, por causa delas, acabámos por ouvir boa música, certo? Ponham 'YMCA' a tocar. Bem alto".
Kamala também não perde o ritmo no estado decisivo da Pensilvânia, onde regressou pela 10.ª vez desde o inicio da campanha. A candidata democrata voltou insistir que o adversário é perigoso e instável, depois das declarações de Trump que sugeriu a intervenção militar contra os inimigos internos no dia das eleições.
"Sabemos que ele vai atacar, porque já os atacou anteriormente. Jornalistas cujas peças não lhe agradam, agentes eleitorais que se recusaram a fazer batota ao preencherem votos extra e a procurarem votos extra para ele. Juízes que insistem em seguir a lei, em vez de se curvarem à sua vontade".
Está também confirmada uma entrevista de Kamala à Fox News, canal que se posiciona mais à direita. Vários analistas entendem que pode ser mais uma estratégia para conquistar o voto de eleitores indecisos, numa altura em que kamala tem vindo a perder terreno nas sondagens que, a três semanas das eleições, mantêm todos os cenários em aberto.