O primeiro dia da Convenção Democrata marcado pelo discurso de Joe Biden, que passa o testemunho a Kamala Harris. Visivelmente emocionado, foi fortemente aplaudido quando entrou em palco. Abordou o percurso dos anos de governação com Kamala Harris, e recordou os sucessos da luta contra a pandemia e a reconstrução da economia norte americana.
Para Ana Cavalieri, o discurso de Biden foi "combativo e intenso" e que, face à impopularidade da Administração que lidera, o Presidente dos EUA "necessita de transmitir ao eleitorado que os resultados das suas políticas são positivos".
O discurso de Joe Biden "em termos de tom, foi combativo e intenso, a campanha democrata está neste momento a ser sustentada por uma palavra que é 'joy', que é alegria, algo positivo, de não ofender o outro, de não demonizar o outro", refere a comentadora da SIC.
A comentadora da SIC acrescenta que o Partido Democrata quer passar uma "visão positiva para o país" e, perante a impopularidade da Administração norte-americana, tanto e, relação à política extrema e interna, "Joe Biden necessita de transmitir ao eleitorado que os resultados das suas políticas são positivas".
Biden não evitou abordar o facto de no exterior estar a decorrer uma manifestação contra o apoio dos EUA a Israel.
O Presidente dos EUA reforçou também as críticas a Donald Trump ao caracterizar o candidato como "derrotado". Sublinhou que o caminho ao lado de Kamala foi feito em defesa da democracia, que garantiu que com uma Administração democrata será preservada.
Hillary Clinton também discursou no primeiro dia da Convenção. A democrata, que também defrontou Donald Trump em 2016, deixou uma mensagem de força e incentivo ao eleitorado para que pela primeira vez escolha uma mulher para Presidente dos Estados Unidos.
Clinton desvaloriza também os dados das sondagens, pois ela própria também lidou com dados contraditórios quando foi candidata.
Sobre o efeito positivo que a Convenção possa ter nas sondagens, Ana Cavalieri explica que geralmente "desaparece após três semanas".
A Convenção Democrata decorre até 22 de agosto com uma parada de estrelas do partido, cujo objetivo é não perder o momento propício que vive e não ter a consagração de Kamala Harris ofuscada pelos protestos pró-Palestina nos arredores do centro de convenções.
As eleições nos Estados Unidos realizam-se a 5 de novembro.