Assim como Luís Montenegro venceu em Espinho, também André Ventura ganhou em casa, nestas eleições legislativas. Na freguesia de Algueirão Mem-Martins, que o viu crescer, o Chega foi o partido mais votado.
Mas a vitória de Ventura não se limita à terra onde cresceu. Todo o concelho de Sintra reflete a viragem à direita do país e os números não mentem.
Em 2022, o Chega tinha no concelho pouco mais de 9% dos votos. O PS dominava o eleitorado, com mais de 44%. Em apenas três anos, o cenário político do concelho inverteu-se.
Nestas eleições, o Chega conquistou mais de 50 mil eleitores, 26% do votos. O PS ficou reduziu praticamente para metade do eleitorado e passou da primeira para a terceira força política. Resultados que não foram uma supresa para a maioria dos sintrenses.
Quanto aos motivos para a viragem à direita do município, os eleitores dividem-se: há quem fale da proximidade com o conterrâneo e quem aponte problemas como a criminalidade, a saúde ou a habitação.
Se, para a maioria dos eleitores de Sintra, o Chega pareceu ser a escolha mais acertada nas legislativos, pode estar dada uma pista para o que aí vem. A poucos meses das autárquicas, o partido já confirmou que a deputada Rita Matias será a candidata do Chega à Câmara de Sintra.