Eleições Legislativas

“Conheço o Ventura desde pequenino”: como o Chega venceu na terra do líder do partido

Pela primeira vez, o Chega venceu no concelho de Sintra, onde nasceu André Ventura. Numa região tradicionalmente dominada pelo PS, os eleitores não estão surpreendidos. Apontam a proximidade ao líder do Chega e o foco na imigração como principais razões da mudança.

Marta Tuna

Humberto Candeias

Ricardo Piano

Assim como Luís Montenegro venceu em Espinho, também André Ventura ganhou em casa, nestas eleições legislativas. Na freguesia de Algueirão Mem-Martins, que o viu crescer, o Chega foi o partido mais votado.

Mas a vitória de Ventura não se limita à terra onde cresceu. Todo o concelho de Sintra reflete a viragem à direita do país e os números não mentem.

Em 2022, o Chega tinha no concelho pouco mais de 9% dos votos. O PS dominava o eleitorado, com mais de 44%. Em apenas três anos, o cenário político do concelho inverteu-se.

Nestas eleições, o Chega conquistou mais de 50 mil eleitores, 26% do votos. O PS ficou reduziu praticamente para metade do eleitorado e passou da primeira para a terceira força política. Resultados que não foram uma supresa para a maioria dos sintrenses.

Quanto aos motivos para a viragem à direita do município, os eleitores dividem-se: há quem fale da proximidade com o conterrâneo e quem aponte problemas como a criminalidade, a saúde ou a habitação.

Se, para a maioria dos eleitores de Sintra, o Chega pareceu ser a escolha mais acertada nas legislativos, pode estar dada uma pista para o que aí vem. A poucos meses das autárquicas, o partido já confirmou que a deputada Rita Matias será a candidata do Chega à Câmara de Sintra.

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