À esquerda, começa-se já a analisar os resultados das eleições legislativas. O PCP reúne, esta terça-feira, o comité central.Já no Bloco de Esquerda, agora reduzido a Mariana Mortágua enquanto deputada única, deverá crescer a contestação interna, que já se fazia sentir. O partido deve reunir a mesa nacional já no sábado.
“Encabeço uma moção à próxima convenção do Bloco de Esquerda e mantenho inteiramente esse compromisso”, declarou Mariana Mortágua, após serem conhecidos os resultados da noite eleitoral.
A líder do Bloco de Esquerda pode estar disponível para ir à luta, mas a SIC sabe que na reunião da mesa nacional, que dever ser marcada para sábado, há vozes internas do partido preparadas para iniciar uma contestação.
No entanto, quem já liderou o partido mantém o voto de confiança na atual coordenadora nacional.
“Acho que é muito importante que a Mariana continue. Acho que o que aconteceu não tem a ver com uma pessoa, não tem a ver com a Mariana. Tem a ver com uma questão coletiva”, defendeu a antiga coordenadora do partido, Catarina Martins. “A responsabilidade é partilhada. Eu tenho responsabilidade nisso”, admitiu.
Já no PCP, apesar de perder um deputado, nenhuma mudança se espera à frente do partido. O comité nacional, que se reúne esta terça-feira, não coloca em causa a liderança comunista.
Na maré baixa que varreu a esquerda, no último domingo, só o Livre escapou. Não só conseguiu ficar à tona de água, como arrecadou mais dois mandatos. Tem agora seis deputados e a quinta maior força política no Parlamento.