No distrito de Faro, o Chega foi o grande vencedor das eleições legislativas. Mas a AD cresceu e conseguiu ultrapassar o PS.
Cristóvão Norte, um dos deputados eleitos da AD, considera que os algarvios se sentem esquecidos há décadas e que o voto no Chega é um voto de protesto.
"O voto no Chega na região, com todo o respeito, é mais um voto de repúdio, de rejeição, um grito de alerta, do que um voto para construir algo novo", disse em declarações à SIC.
O deputado da AD diz que existem um sentimento de "orfandade" no Algarve que já existe "há décadas" e denuncia que há matérias "fundamentais para os algarvios que não foram respondidas", como por exemplo, "a questão do novo hospital, dos médicos de família e questões essenciais de mobilidade".
AD vence sem maioria
A coligação PSD/CDS-PP venceu as eleições legislativas de domingo com 89 deputados, enquanto PS e Chega empataram no número de eleitos para o Parlamento, com 58 cada.
A Iniciativa Liberal continua a ser a quarta força política, com mais um deputado (9) do que em 2024, e o quinto lugar é do Livre, que passou de quatro a seis eleitos.
A CDU perdeu um eleito e ficou com três parlamentares, enquanto o Bloco de Esquerda está reduzido a uma representante, tal como o PAN, que manteve um deputado.
O JPP, da Madeira, conseguiu eleger um deputado pela primeira vez.
Estes resultados não incluem ainda os eleitores residentes no estrangeiro, cuja participação e escolhas serão conhecidas a 28 de maio.