Eleições Legislativas

Os cinco possíveis cenários para a AD poder governar

Conhecidos os resultados, praticamente finais, das legislativas, é hora de olhar para o novo mapa político nacional e perceber de que forma a AD irá conseguir governar. A partir de agora, a direita toda junta passa a controlar dois terços do Parlamento, o necessário para eventuais revisões constitucionais. 

SIC Notícias

Para percebermos o poder atual das forças políticas importa olhar para a imagem do país pintado. Não há dúvidas de que o PS perdeu terreno - e muito. Quatro distritos que há um ano liderava perdeu para a AD e outros três distritos para o Chega. Restou-lhe o bastião de Évora. Conhecidos os resultados, praticamente finais, começam agora a desenhar-se os possíveis cenários para perceber de que forma pode a AD governar.

Cenário 1

No primeiro cenário os três deputados do PCP apresentam uma moção de rejeição ao programa do Governo, tal como aconteceu há um ano. No entanto, partindo do princípio de que o Chega não vota a favor, fica anulada a hipótese de o Governo ser viabilizado apenas pelo PS. Ou seja, o Chega deixa Luís Montenegro avançar.

Nesse caso, ao Presidente da República resta confiar na palavra de André Ventura para avançar com a nomeação do primeiro-ministro.

Cenário 2

Segundo cenário: nenhum partido apresenta uma moção de rejeição. Aqui, o Governo tem caminho livre e passa automaticamente sem precisar de levar o programa a votos.

Cenário 3

O terceiro cenário é uma viabilização do programa do Governo com os votos favoráveis da AD, do PS e do Chega.

Sem líder, os socialistas não estarão em condições de avançar com uma moção de rejeição, nem de votar a favor de uma eventual apresentada pelo PCP.

O PS deixa, assim, de conseguir chumbar o Governo sozinho.

Cenário 4

Isso leva-nos ao quarto cenário. A partir de agora, a direita toda junta passa a controlar dois terços do Parlamento, o necessário para eventuais revisões constitucionais.

A acontecer, será a primeira vez na história da democracia portuguesa que o PS fica de fora dessas contas.

No entanto, é tido como pouco provável que a AD e a Iniciativa Liberal se entendam com o Chega para aprovar qualquer alteração à Constituição portuguesa.

Cenário 5

O último cenário está ligado ao Orçamento do Estado. A partir de agora, a AD passa a ter mais deputados que a esquerda toda junta, mas pode precisar do PS se o documento ou alguma das medidas não agradar ao Chega.

Ou seja, os socialistas passam a ter apenas influência positiva. O Chega passa a ser uma força de bloqueio apenas com o apoio do PS.

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