Eleições Legislativas

"Pedro Nuno Santos dificilmente sobreviverá muito tempo à frente do PS"

Ângela Silva, comentadora da SIC, acredita que “foi um erro” a forma como o líder do Partido Socialista “geriu este ciclo político” e que “foi uma precipitação ter-se mandado para eleições”.

SIC Notícias

Os comentadores da SIC Ângela Silva e Bernardo Ferrão analisam na antena da SIC Notícias o crescimento do Chega nas eleições legislativas.

Ângela Silva espera que os resultados de Lisboa e Porto “consigam equilibrar um pouco este mapa porque isto é, realmente, uma revolução”. 

A comentadora da SIC constata que os resultados desta noite eleitoral espelham o sentimento de mudança sentido pelos portugueses. A “grande vítima”? A esquerda entende Ângela Silva: 

“A grande vítima desta mudança é a esquerda. É uma tragédia para a esquerda. É engraçado perceber que a disputa entre o PS e o Chega pelo segundo lugar já agarrada por André Ventura ao chegar da missa e ao entrar na sede eleitoral, já se posiciona como sendo a segunda força.” 

A comentadora diz mesmo que é “verdadeiramente uma revolução ver o partido socialista nestas circunstâncias”. “Isto é uma imagem de um PS muito destruído nesta altura”, acrescenta. 

A comentadora acredita que “foi um erro” a forma como Pedro Nuno Santos “geriu este ciclo político” e que “foi uma precipitação ter-se mandado para eleições”.

“Dificilmente sobreviverá muito tempo à frente do PS”, sublinha. 

"Sistema treme" há um ano

Bernardo Ferrão, da SIC, afirma que “o sistema treme” desde o momento em que o Chega elegeu 50 deputados, há um ano, e não apenas agora quando ameaça o PS na luta pelo lugar de segundo partido mais votado. 

“Parece-me que foi bastante imaturo a forma como o PS, e também da parte da AD, olhou para o Chega e se envolveu nesta desforra, sobretudo da parte de Pedro Nuno Santos, não percebendo que um sistema que já estava tripartido podia dar nisto”, defende. 

Daqui para a frente, o Partido Socialista terá de ter “um cuidado máximo, se é que a ferida não é já demasiado profunda”, nota. 

Bernardo Ferrão questiona ainda se o Chega, num futuro próximo, irá tentar aproximar-se do poder ou se vai “tentar conciliar-se e dialogar com a AD”. 

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