Eleições Legislativas

Pedro Nuno Santos diz que coligação AD/IL seria "radical" e "um perigo" para o país

Questionado sobre a estabilidade política em Portugal, o líder socialista reforça a ideia de que, com o passado de Luís Montenegro, "não vai conseguir garantir estabilidade no futuro".

André Palma

Rui Violante

Tiago Romão

Um capote, pequenas cruzes de madeira tal como António Costa tinha recebido, três ginjinhas e um ovo verde foram as ofertas que o líder socialista recebeu, esta sexta-feira, na Guarda. O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, defendeu que um eventual Governo da AD com a IL resultaria numa "coligação radical", que "poria em causa o estado social" em Portugal

Ao sexto de dia de campanha para as legislativas, a caravana de Pedro Nuno Santos chegou à Guarda, primeiro com uma visita à Feira de São Bartolomeu, em Trancoso, e depois com uma arruada pelo centro da Guarda.

Na Guarda, o líder do PS foi vestido a rigor e recebeu um capote tradicional da região, em tom castanho claro, que usou ao longo do percurso que fez pelas ruas da cidade.

Pedro Nuno Santos entrou numa loja com produtos tradicionais da região, na qual os queijos não podiam faltar, e foi à saída que recebeu três pequenas cruzes de Madeira das mãos de um senhor que lhe disse que também tinha oferecido umas semelhantes a António Costa em ano de vitória do PS.

"Boa. É o que vai acontecer agora", respondeu Pedro Nuno quando agradeceu, ouvindo-se ao fundo que era "um talismã".

A caravana prosseguiu e, por insistência de uma militante local, o exíguo espaço do tradicional "A Tasquinha" foi pequeno para acolher toda a comitiva, jornalistas e repórteres de imagem.

Encostado ao balcão, Pedro Nuno Santos bebeu não uma, não duas, mas três ginjinhas e ainda comeu um ovo verde.

No final, teve tempo para escrever no livro daquele espaço e deixar uma mensagem, com assinatura própria: "Nesta minha passagem na Guarda não podia faltar uma visita à Tasquinha. Cá bebi a melhor ginjinha e os melhores ovos verdes da Guarda".

Acordo entre AD e IL? "Coligação radical"

Durante o roteiro, o secretário-geral do PS defendeu que um eventual Governo da AD com a IL resultaria numa "coligação radical", que "poria em causa o estado social" em Portugal.

"Para termos estabilidade nós precisámos mesmo de uma vitória do PS e ela é importante para fazermos uma mudança segura que o Governo da AD não conseguiu fazer. Falhou na saúde, falhou na economia e agora, com a IL, aí sim, teríamos uma coligação radical que poria em causa o Estado social em Portugal",

Questionado sobre a estabilidade política em Portugal, o líder socialista reforçou a ideia de que, com o passado de Luís Montenegro, "não vai conseguir garantir estabilidade no futuro".

"O PS com uma vitória conseguirá garantir as condições de estabilidade, vamos dialogar com os partidos, não há nenhum outro partido que consiga mais facilmente garantir a estabilidade do que nós. O atual primeiro-ministro não consegue, não garantiu até agora, não vai garantir no futuro", salientou nesta arruada, em que esteve acompanhado pela cabeça de lista do PS pela Guarda às legislativas do dia 18, Aida Carvalho.

Também questionado sobre as sondagens, Pedro Nuno Santos afirmou que o "PS é sistematicamente subestimado".

"Nós vamos ganhar as eleições e derrotar estas sondagens, mas há também sondagens onde estamos à frente", referiu, salientando que, no ano passado, o PS tinha "uma diferença ainda maior" e ficou "a 0,8%"."Com estes resultados nós vamos ganhar", reforçou.

Com Lusa

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