Paulo Raimundo, secretário-geral do Partido Comunista Português, mostra-se confiante em relação ao resultado que os comunistas irão obter no sufrágio que se aproxima e aponta que o partido que lidera "nunca faltou a nada que fosse positivo para a maioria do povo" português.
O líder comunista começa por comentar as mais recentes tarifas impostas pelos EUA, que irão afetar a União Europeia. Nesse sentido, Paulo Raimundo considera que, inevitavelmente, essas medidas irão afetar Portugal.
Por esse motivo, entende que o país deve "diversificar os negócios com os vários pontos do mundo".
Os mais recentes números apontam que o PCP irá manter os 3% obtidos nas últimas legislativas. O secretário-geral garante que o partido "está confiante para a batalha eleitoral" e considera que os comunistas não irão perder o lugar que detêm na Assembleia da República.
Acredita, inclusive, que o partido que lidera irá aumentar a sua representação parlamentar já no próximo dia 18 de maio.
Como medidas que pretende levar avante, Paulo Raimundo aponta o reforço de 5% das pensões com um mínimo de 70 euros para cada uma.
“Ora, esta nossa medida custa sensivelmente 1.800 milhões de euros, que é muito dinheiro, convenhamos que é muito dinheiro. Só que, curiosamente, é o mesmo valor que o orçamento de Estado que está em vigor, aprovado pelo PSD e o CDS e viabilizado pelo Partido Socialista, atribui em benefícios fiscais às grandes empresas”, explica.
"Nunca tivemos ilusões com o Partido Socialista"
O secretário-geral comunista lembra que o PCP “nunca faltou a nada que fosse positivo para a maioria do povo” e critica o Partido Socialista por ter feito “tudo para manter este Governo até ao limite”.
Sobre uma possível geringonça com os socialistas, Paulo Raimundo não abre o livro, mas garante estar disponível “para resolver os problemas das pessoas” de forma honesta e “sempre às claras”.
As críticas ao partido liderado por Pedro Nuno Santos não ficam por aqui e recorda o acordo estabelecido 2015:
"Nós nunca tivemos ilusões com o Partido Socialista. E na primeira oportunidade que houve o Partido Socialista abandonou esse caminho.”