Eleições Legislativas

Paulo Raimundo critica PS por ter feito "tudo para manter o Governo até ao limite"

Sobre uma possível geringonça com os socialistas, o secretário-geral do PCP não abre o livro, mas garante estar disponível “para resolver os problemas das pessoas” de forma honesta e “sempre às claras”. 

Gabriel Mota Figueiredo

Paulo Raimundo, secretário-geral do Partido Comunista Português, mostra-se confiante em relação ao resultado que os comunistas irão obter no sufrágio que se aproxima e aponta que o partido que lidera "nunca faltou a nada que fosse positivo para a maioria do povo" português. 

O líder comunista começa por comentar as mais recentes tarifas impostas pelos EUA, que irão afetar a União Europeia. Nesse sentido, Paulo Raimundo considera que, inevitavelmente, essas medidas irão afetar Portugal. 

Por esse motivo, entende que o país deve "diversificar os negócios com os vários pontos do mundo". 

Os mais recentes números apontam que o PCP irá manter os 3% obtidos nas últimas legislativas. O secretário-geral garante que o partido "está confiante para a batalha eleitoral" e considera que os comunistas não irão perder o lugar que detêm na Assembleia da República. 

Acredita, inclusive, que o partido que lidera irá aumentar a sua representação parlamentar já no próximo dia 18 de maio. 

Como medidas que pretende levar avante, Paulo Raimundo aponta o reforço de 5% das pensões com um mínimo de 70 euros para cada uma. 

“Ora, esta nossa medida custa sensivelmente 1.800 milhões de euros, que é muito dinheiro, convenhamos que é muito dinheiro. Só que, curiosamente, é o mesmo valor que o orçamento de Estado que está em vigor, aprovado pelo PSD e o CDS e viabilizado pelo Partido Socialista, atribui em benefícios fiscais às grandes empresas”, explica. 

"Nunca tivemos ilusões com o Partido Socialista"

O secretário-geral comunista lembra que o PCP “nunca faltou a nada que fosse positivo para a maioria do povo” e critica o Partido Socialista por ter feito “tudo para manter este Governo até ao limite”. 

Sobre uma possível geringonça com os socialistas, Paulo Raimundo não abre o livro, mas garante estar disponível “para resolver os problemas das pessoas” de forma honesta e “sempre às claras”. 

As críticas ao partido liderado por Pedro Nuno Santos não ficam por aqui e recorda o acordo estabelecido 2015: 

"Nós nunca tivemos ilusões com o Partido Socialista. E na primeira oportunidade que houve o Partido Socialista abandonou esse caminho.” 
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