Eleições Legislativas

Livre não deverá aprovar orçamento da AD

"Não votamos a favor de um orçamento da AD", disse o porta-voz do Livre em entrevista à RTP3, na qual sublinhou ainda a instabilidade governativa.

Porta-voz do Livre, Rui Tavares
TIAGO PETINGA

SIC Notícias

Rui Tavares garante que será pouco provável que o Livre aprove um Orçamento de Estado do governo da Aliança Democrática.

Em entrevista à RTP3, o porta-voz do partido insiste que haverá instabilidade em praticamente todos os cenários de governação.

"A estabilidade neste momento no nosso país vai ser sempre difícil."

Garante que há apenas duas maiorias possíveis no Parlamento: PSD com PS ou PSD com Chega. Perante isto, defende que Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos devem esclarecer as intenções de uma possível coligação.

Ainda assim, Rui Tavares afirma que não há “menosprezo” pela direita e adianta que não descarta um entendimento com a Iniciativa Liberal quanto à questão do círculo nacional de compensação

Sobre as audiências que o Presidente da República está a realizar com os partidos, não critica, mas defende que devem voltar a ser ouvidos por Marcelo Rebelo de Sousa, após o anúncio dos resultados finais.

Votos dos emigrantes são "decisivos"

Na entrevista ao programa 360, fala ainda sobre os votos da emigração, que considera que são "decisivos": "Estamos a desvalorizar os votos dos emigrantes".

Faltam ainda apurar os quatro deputados pela emigração, que poderão vir a influenciar o resultado das eleições de 10 de março.

A Aliança Democrática (AD), que junta PSD, CDS e PPM, com 29,49%, conseguiu 79 deputados na Assembleia da República, nas legislativas, contra 77 do PS (28,66%), seguindo-se o Chega com 48 deputados eleitos (18,06%).

A IL, com oito lugares, o BE, com cinco, e o PAN, com um, mantiveram o número de deputados. O Livre passou de um para quatro eleitos enquanto a CDU perdeu dois lugares e ficou com quatro deputados.

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