Era o último bastião comunista no Alentejo. Pela primeira vez na sua história, a CDU não conseguiu eleger um deputado pelo distrito de Beja, caindo para o segundo lugar.
À entrada da aldeia de Baleizão, o largo homenageia Catarina Eufémia, adotada pelos comunistas como ícone da resistência no Alentejo e que continua na memória das gentes da terra.
A aldeia que chegou a ter cerca de cinco mil habitantes, tem agora menos de 800. Pelas ruas, a população é maioritariamente idosa e cruzam-se rostos jovens de outras nacionalidades.
Conhecida como bastião comunista, Baleizão surpreendeu nas legislativas ao ganhar nesta freguesia, o Partido Socialista. A CDU ficou em segundo lugar, em terceiro surge o Chega.
Um cenário semelhante espalha-se pelo distrito. A CDU cai de segundo para quarto lugar em Beja, perdendo assim o único deputado comunista em todo o Alentejo.
Beja elege três deputados: um do PS, um do Chega e um da Aliança Democrática. De fora fica a CDU. O cansaço e o desejo de mudança terão levado a estes resultados eleitorais no distrito.