Eleições Legislativas

Pedro Nuno Santos: direita quer "regresso ao passado" e cortar "nos mesmos de sempre"

Pedro Nuno Santos apelou ao voto nos socialistas para evitar o "desbaratar" da “estabilidade financeira” alcançada pelos governos socialistas nos últimos anos.

Carolina Rico

A vitória do PS é a única forma de garantir que o país não volta “ao passado”, defendeu Pedro Nuno Santos esta sexta-feira, no discurso durante o tradicional almoço socialista na cervejaria Trindade, em Lisboa.

Os portugueses “não querem uma mudança para trás, querem que as coisas continuem a progredir, querem uma mudança, mas uma mudança boa”, afirmou o secretário-geral socialista. “A mudança não é o regresso ao passado, que a mudança não é ter um país só para alguns”.

Pedro Nuno Santos defendeu que apenas o PS é “um porto seguro” para o país, "um partido do progresso, do progresso económico, do progresso social, mas também o partido da estabilidade”.

“Nos momentos de aperto, nos momentos de crise, nós seguramos e protegemos a maioria esmagadora do povo, não governamos apenas para alguns.”

Pelo contrário, a Aliança Democrática (AD) e os partidos à direita “propõe-se a desbaratar" a “estabilidade económica e financeira que foi conquistada e assegurada pelos governos PS” nos últimos anos, acusa, lembrando os fantasmas de crises passadas.

“Eles, quando têm que escolher escolham cortar, poupar, nos mesmos de sempre: em quem trabalha no setor privado, em quem trabalha no Estado, em quem trabalhou uma vida inteira, nos reformados, pensionistas. Foi sempre assim. Escolhem desvalorizar os salários, cortar nos custos laborais, cortar nos custos do Estado social, porque eles acreditam que esta é a forma superarem as crises.”

A sondagem mais recente, do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (Cesop) da Universidade Católica para o PÚBLICO, RTP e Antena 1, coloca a AD à frente do PS por seis pontos percentuais, mas o líder socialista argumenta ainda que o apoio nas ruas é claro.

"O povo português está connosco. Há quem canta vitória, mas a verdade é que ainda ontem tivemos oportunidade de ver na Rua Santa Catarina que nós não tínhamos só mais do que eles, tínhamos mais do dobro, do triplo, do que eles, na rua, connosco. As pessoas estão connosco.”

Esta sexta-feira, o PS termina a campanha com a descida do Chiado, partindo depois para um comício em Almada, em Setúbal, e termina a campanha com uma festa de encerramento na capital.

Últimas