Eleições Legislativas

Da cultura à violência: os temas (esquecidos) que os partidos trazem para a campanha

Os partidos tentam trazer para o espaço mediático temas que consideram terem sido excluídos até aqui. Mariana Mortágua lembra da "precariedade" do setor da Cultura, enquanto Inês Sousa Real cita os números da violência doméstica.

Inês de Oliveira Martins

Ana Geraldes

Carolina Reis

Carlos Rosa

António Cunha

Euclides Semedo

No arranque da campanha eleitoral, os partidos políticos apostaram esta sexta-feira em ações muito concentradas nos distritos de Lisboa e Setúbal.

Na introdução a duas semanas de campanha oficial, o Bloco de Esquerda veio ao teatro dar palco aos problemas na Cultura.

“A Cultura não tinha tido ainda espaço nesta campanha, o que reflete a invisibilidade a que está sujeita na sociedade e nas decisões do Estado. Há vários problemas a resolver na Cultura, o primeiro deles é a precariedade dos seus profissionais”, diz Mariana Mortágua.

Inês Sousa Real, porta-voz do PAN, traz os temas da violência doméstica e do abuso infantil, que "continuam a ter cifras muito preocupantes no nosso país".

Agora é tempo de todos garantirem que os problemas vão estar na lista de prioridades depois das eleições.

"Os enfermeiros sabem bem aquilo que é não ter condições de trabalho no país", afirma Rui Rocha, da Iniciativa Liberal.

Se dependesse do Chega, esta imigrante nunca teria entrado em Portugal

O Chega prepara uma campanha oficial diferente do que têm sido as ações do partido até agora. Será reduzido substancialmente o contacto com a população, para apostar numa campanha dentro de portas, com 23 comícios em 13 dias de estrada.

"Houve muito contato nestes quatro meses e agora vai existir uma concentração para que também os nossos militantes possam concentrar-se em sítios de maior proximidade", diz André Ventura, nas ruas de Almada, onde se cruza com uma imigrante do Brasil.

Cleusa Santos vive em Portugal há quatro anos. Já teve alguns empregos, mas hoje em dia trabalha num cabeleireiro.

Se dependesse do Chega, esta imigrante de 54 anos nunca teria entrado no país, porque não tinha um contrato de trabalho quando veio à procura de uma vida melhor.

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