"O Daesh retirou-se da província de Alepo face ao avanço das forças do regime", disse o responsável da ONG, Rami Abdel Rahmane. A retirada de Alepo foi confirmada por fonte militar síria.
Na quinta-feira, o primeiro-ministro iraquiano já tinha referido que a reconquista da mesquita de Al-Nuri em Mossul (Iraque), onde o líder do Daesh, Abu Bakr al-Baghdadi, fez a sua única aparição pública, assinalava o fim do Estado 'jihadista'."Estamos a assistir ao fim do falso Estado do Daesh", escreveu Haider al-Abadi em inglês na rede de mensagens 'online' Twitter, utilizando o acrónimo árabe do grupo extremista Estado Islâmico.
As forças iraquianas anunciaram na quinta-feira ter assumido o controlo da zona da Grande Mesquita de Al-Nuri e do minarete de Al-Hadba, monumentos emblemáticos de Mossul, a segunda cidade do Iraque, que ficaram em ruínas após explosões realizadas pelos 'jihadistas' no passado dia 21 de junho.
Na Síria, outro país que luta contra a incursão 'jihadista', as últimas informações do terreno indicavam que as forças do Daesh estão completamente cercadas em Raqa, o seu principal reduto no território sírio.
Segundo divulgou ainda na quinta-feira a OSDH, a aliança curdo-árabe apoiada pela coligação internacional 'antijihadista' liderada pelos Estados Unidos "assumiu o controlo de uma região a sul do rio Eufrates, cortando assim o único acesso que o Daesh poderia utilizar para sair de Raqa".
Este cerco foi possível após a entrada das Forças Democráticas da Síria nas localidades de Kasrat Afnan e Kassab, na margem sul do rio Eufrates, explicou Rami Abdel Rahmane.Situados na zona da cidade velha de Mossul, no norte do Iraque, os locais da Grande Mesquita de Al-Nuri e do minarete de Al-Hadba adquiriram uma importância particular após o Daesh ter assumido o controlo daquela cidade iraquiana em 2014.
Foi nesta mesquita que Abu Bakr al-Baghdadi surgiu aos seus seguidores após a tomada da cidade, pediu a obediência dos muçulmanos e declarou o califado 'jihadista', que abrange zonas no Iraque e na Síria.
O sermão de Abu Bakr al-Baghdadi ocorreu em julho de 2014 e foi a sua única aparição pública conhecida até hoje.
Lusa