Num encontro em Roma, ministros dos 23 países que integram a coligação, liderada pelos Estados Unidos, de combate ao Daesh afirmaram que estão a ser feitos progressos contra o Daesh na Síria e no Iraque e contra as suas fontes de financiamento e de energia.
"Vamos intensificar e acelerar a campanha contra o EI (Estado Islâmico) no Iraque e na Síria, atuar concertadamente para travar as suas ambições globais e tomar todas as medidas necessárias para garantir a proteção dos nossos cidadãos", de acordo com uma declaração conjunta.
"Vamos reafirmar o nosso compromisso de derrotar permanentemente esta organização bárbara", sublinharam.
Na declaração, os 23 responsáveis manifestaram preocupação "pela influência crescente" do Daesh na Líbia, mas limitaram-se a afirmar que os aliados vão "continuar a vigiar atentamente os desenvolvimentos no terreno e prontos para apoiar" o futuro governo de união.
Na abertura da reunião, o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Paolo Gentiloni, e o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, declararam que o Daesh se está a adaptar à pressão no seu território e a redirecionar os seus esforços para a Líbia e para ataques como os de Paris, Ancara e San Bernardino (Califórnia).
"Não estamos aqui para nos gabar de coisa alguma", advertiu Kerry, depois de afirmar que o Daesh perdeu 40% do território iraquiano e 20% na Síria.
"Se alguma coisa, precisamos de ser mais cautelosos e atentos porque sabemos que quanto mais o EI for atacado nos seus territórios principais, mais tentado fica para continuar as suas atividades terroristas noutro local", acrescentou Gentiloni.
"Estamos a testemunhar uma renovação de atividades na Líbia e na África subsaariana", disse.
No âmbito da coligação, a Itália assumiu a liderança do planeamento das ações contra a ameaça do Daesh, que se encontra a uma curta viagem de barco da costa sul, na e aos arredores da cidade costeira líbia de Sirte.
Com Lusa