Da China, chegam imagens de hospitais sobrelotados por causa do surto de covid-19 no país.
Em Xangai, a sala de entrada de um hospital está a ser usada para tratar dezenas de doentes. Nas imagens, é possível ver pessoas em camas e algumas em cadeiras de rodas.
Em Pequim, foram reforçadas as medidas de segurança para impedir que os jornalistas se aproximem da maior morgue da cidade, para onde estão a ser levadas vítimas da covid-19.
Oficialmente, o Governo chinês continua a garantir que tem a situação controlada, mas anunciou o reforço da ajuda médica para as zonas rurais e mais desfavorecidas do país.
O que diz a OMS?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) diz que os números da covid-19, fornecidos pela China, não refletem a realidade, nem representam o número de doentes e de mortes. O aviso coincide com o reforço do controlo, na Europa e na Ásia, a passageiros provenientes de território chinês.
A OMS já pediu a Pequim para fornecer dados mais rápidos sobre o número de mortes e internamentos no país.
UE encoraja Estados-membros a imporem testes
Pelo menos oito países já estão a exigir teste covid-19 a passageiros que cheguem da China. Pequim diz que se trata de retaliação politica.
O fim repentino da estratégia rígida que era usada para impedir contágios deixou a China engolida por uma onda de infetados.
Os passageiros que queiram viajar da China para Espanha, França, Itália, Reino Unido, Estados Unidos, Índia, Japão e Austrália estão novamente obrigados a apresentar teste negativo. Em alguns aeroportos podem até ter de ser testados também à chegada.
A União Europeia encorajou "fortemente" os Estados-membros a imporem testes à covid-19 antes da partida de passageiros oriundos da China.