Coronavírus

“Partygate”: Boris Johnson pede desculpa e afasta demissão

Primeiro-ministro admite ter pago a multa por ter violado as regras contra a covid-19, mas não revelou a quantia.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pede desculpa pelas festas em Downing Street, realizadas num período de confinamento, e reforça que pretende continuar a ocupar o cargo.

Quero continuar a cumprir o mandato que tenho, mas também enfrentar os problemas que o país enfrenta neste momento”, esclareceu Boris Johnson.

Boris Johnson admitiu já ter pago a multa, mas não revelou a quantia. O primeiro-ministro revelou, ainda, ter participado num encontro com colegas do trabalho, que não durou mais de 10 minutos.

Boris diz que, na própria festa de aniversário no gabinete em Downing Street, em junho de 2020, não pensou que estivesse a violar as regras da pandemia. Contudo, confessa que “respeita” a decisão das autoridades de saúde.

O primeiro-ministro, Boris Johnson, admitiu anteriormente ter assistido a vários dos eventos, mas negou que as regras de contenção contra a covid-19 tenham sido violadas.

É a primeira vez que um primeiro-ministro em funções é sancionado por infringir a lei no Reino Unido.

No final de janeiro, um inquérito interno conduzido pela alta funcionária pública e especialista em ética parlamentar Sue Gray às festas realizadas durante a pandemia criticou a “falta de liderança” do executivo por não ter evitado as reuniões enquanto a população britânica estava sujeita a restrições apertadas.

O chamado “Partygate” causou uma onda de indignação entre os britânicos, impedidos de se encontrar com amigos e familiares durante vários meses em 2020 e 2021, para conter a propagação da covid-19.

Quando rebentou o escândalo, Johnson enfrentou grande pressão para se demitir, incluindo do próprio Partido Conservador.

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