O ministro dos Negócios Estrangeiros disse esta quinta-feira compreender a posição do governo francês de desaconselhar viagens não essenciais para Portugal, mas lembra que este conselho deve ser enquadrado com as decisões da UE quanto às viagens.
"A situação de Portugal no que diz respeito à pandemia agravou-se e as preocupações de um Estado amigo, como a França, em relação aos seus cidadãos, no que diz respeito à possibilidade de viajarem para Portugal, são compreensíveis. Trata-se de um conselho", afirmou Augusto Santos Silva, sublinhando que esta posição deve ser enquadrada com as decisões da União Europeia (UE) relativas ao certificado digital.
Em declarações à agência Lusa, governante lembrou que, desde o dia 1 de julho, as pessoas que estejam vacinadas, imunizadas ou que realizem teste negativo à covid podem circular livremente pela União Europeia e sublinhou a exceção: "nas zonas consideradas vermelho escuro, de muito alta prevalência do vírus, o Estado-membro pode desencorajar viagens não essenciais nessas zonas".
"As zonas classificadas como vermelho escuro têm de ter, por exemplo, mais de 500 novos casos de infeção por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias", explicou.
Santos Silva recordou ainda que as viagens das pessoas que pretendem reunir-se com a família, como é o caso dos emigrantes portugueses, se enquadram na classificação de viagens essenciais.
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