O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu uma alteração da chamada matriz de risco, mas os especialistas que estão a trabalhar com o Governo entendem que ainda é cedo para alterações. A SIC sabe, contudo que, esta sexta-feira, na reunião do Infarmed serão apersentadas novas fases para o desconfinamento.
Na sala do Infarmed transformada em quartel general da pandemia, os cientistas dirão esta sexta-feira aos políticos que há razões para continuar o desconfinamento.
Ao que a SIC apurou, serão apresentadas três etapas de desconfinamento, que vão permitir mais alívio na restauração, a abertura de alguns bares e a realização de alguns eventos até agora proibidos. Mas continuam sem datas previstas e, para já, sem margem de abertura alguns setores, como por exemplo as discotecas.
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O que é a matriz de risco
A matriz de risco é a equação que permite traçar as chamadas linhas vermelhas. Entram para as contas deste barómetro o índice de transmissibilidade e o número infetados por cada 100 mil habitantes a cada 14 dias. Sempre que esse valor está acima dos 120 é sinal de alerta. É assim desde março.
Na sala do Infarmed esta sexta feira, Marcelo irá ouvir os argumentos de quem defende que é demasiado cedo para confiar na confiança que cresce com o aumento da vacinação.
A fase é considerada de transição, mas as novas variantes e as incertezas quanto à duração da imunidade promovida pelas vacinas levam os cientistas a sugerir cautela. Se o Governo acatar as sugestões a matriz de risco deverá manter-se inalterada, pelo menos, para já.