A Ordem dos Médicos defende a administração da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 a pessoas com mais de 65 anos. Diz também ver benefícios no alargamento do intervalo entre as duas doses da vacina da Pfizer.
Em comunicado enviado às redações, a Ordem diz entender que "existem dados suficientemente robustos para que a vacina do laboratório farmacêutico AstraZeneca seja alargada aos maiores de 65 anos".
Portugal tem desaconselhado esta vacina aos mais velhos a menos que seja a única opção disponível.
Outros países que tinham a mesma opinião já acabaram por incluir a AstraZeneca nos planos de vacinação para os idosos, como são os casos da Alemanha ou da França.
No entanto, o Canadá desaconselha esta vacina a maiores de 65 anos.
Estudo conclui que vacinas da Pfizer e da AstraZeneca têm eficácia semelhante
Um estudo britânico concluiu que as vacinas da Pfizer e da AstraZeneca têm uma eficácia semelhante e que uma só dose reduz em mais de 80% o risco de internamento na população com mais de 80 anos.
Os dados foram divulgados esta segunda-feira com base numa investigação que incluiu mais de 7 milhões e meio de pessoas com mais de 70 anos.
Na população com mais de 70 anos, três semanas depois da primeira dose de ambas as vacinas, o risco de infeção diminui e até cai um pouco mais com a vacina da AstraZeneca. Já nos mais velhos, com mais de 80, o risco de doença grave e internamento cai mais de 80%, com apenas uma dose de uma ou outra.
Maior intervalo entre as doses da vacina da Pfizer
No comunicado, a Ordem dos Médicos diz ainda que vê bebefícios no alargamento do intervalo entre as duas doses da vacina da Pfizer considerando que assim se pode acelerar a vacinação e "chegue aos primeiros grupos de risco de forma mais célebre, sem comprometer a segurança e a eficácia".
No início deste mês o secretário da Estado da Saúde anunciou que o intervalo entre a primeira e a segunda toma da vacina da Pfizer vai ser alargado de 21 para 28 dias. A decisão vai permitir vacinar mais 100 mil pessoas até ao fim do mês.
Mais de 2,5 milhões de mortos e 114 milhões de infetados no mundo
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.539.505 mortos no mundo, resultantes de mais de 114,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Os países mais afetados continuam a ser os Estados Unidos, o Brasil, a Índia e o Reino Unido.
Em Portugal, morreram 16.389 pessoas dos 805.647 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Links úteis
- Atualização semanal da execução do Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19
- ECDC - listagem que permite seguir o número de vacinas já administradas na Europa
- Universidade de Oxford - dados sobre evolução da vacinação contra a covid-19
- Bloomberg - listagem que permite seguir o número de vacinas já administradas no mundo
- London School of Hygiene & Tropical Medicine - gráfico que mostra o progresso dos projetos de vacinas
- Especial sobre o novo coronavírus / Covid-19
- Covid-19 DGS/Ministério da Saúde - mapa dos números
- Covid-19 DGS - relatórios de situação diários
- Linha SNS24
- Direção-Geral da Saúde (DGS)
- Organização Mundial da Saúde (OMS)
- ECDC - Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças