Coronavírus

Covid-19: vacinas chinesas e russas farão da Hungria líder na imunização

A garantia é do primeiro-ministro, Viktor Orban.

Bernadett Szabo

Lusa

A utilização de vacinas chinesas e russas, e não apenas as aprovadas pela União Europeia, fará com que a Hungria seja em abril o país comunitário líder da imunização, prometeu hoje o primeiro-ministro, Viktor Orban.

"No domingo de Páscoa (4 de abril) todos os que se tenham inscrito terão recebido pelo menos a primeira dose da vacina e, na Europa, a Hungria terá a maior taxa de vacinação", declarou o governante ultranacionalista na rádio pública Kossuth.

Segundo essa estimativa e o número de pessoas que pediram para ser vacinadas, a Hungria terá imunizado nessa data com pelo menos uma dose quase 27% da população, a partir dos atuais 7,4%.

No início da semana a Hungria aparecia como o nono país da UE em relação à taxa de vacinação, acima dos 6,4% da média europeia, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.

Na cimeira de líderes do bloco que começou na quinta-feira e é dedicada ao processo de vacinação, Orban reduziu o seu tom crítico em relação a Bruxelas e afirmou que apoia a Comissão Europeia na sua estratégia de imunização.

"A Comissão negociou bem ao querer obter vacinas mais baratas", disse Orban, que insistiu hoje que a Hungria decidiu usar as vacinas russa Sputnik V e chinesa Sinopharm porque "não pode esperar" que cheguem as vacinas autorizadas por Bruxelas.

A disseminação da covid-19 acelerou na Hungria nos últimos dias, tendo o país registado 4.668 casos e 123 mortos nas últimas 24 horas. Os especialistas preveem um aumento "dramático" nas próximas semanas.

Orban adiantou, a propósito, que serão aplicadas novas restrições para vigiar para fora da União e evitar a entrada de novas estirpes do coronavírus.

Na quinta-feira, o governo húngaro tinha anunciado que as restrições serão mantidas pelo menos até 15 de março.

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