Portugal contabiliza esta quarta-feira mais 240 mortes e 9.083 novos casos de covid-19, segundo o balanço diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 13.257 mortes e 740.944 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2, estando esta quarta-feira ativos 164.513 casos, menos 2.375 em relação a terça-feira.
Quanto aos internamentos hospitalares, o boletim epidemiológico da DGS revela que estão internadas em enfermaria 6.684 pessoas, menos 91 que no dia anterior, e 877 em cuidados intensivos, mais 25.
As autoridades de saúde têm sob vigilância 209.261 contactos, menos 6.275 relativamente a ontem.
O boletim revela ainda que foram dados como recuperados mais 11.218 doentes. Desde o início da pandemia em Portugal, em março, já recuperaram 563.174 pessoas.
DADOS POR REGIÃO
Relativamente às 240 mortes registadas nas últimas 24 horas, 130 ocorreram em Lisboa e Vale do Tejo, 43 na região Centro, 46 na região Norte, 16 no Alentejo, 4 na região do Algarve e uma na Madeira.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificadas 4.544 novas infeções, contabilizando-se até agora 272.471 casos e 5.230 mortes.
A região Norte registou mais 2.365 novas infeções por SARS-CoV-2 nas últimas 24 horas e desde o início da pandemia já contabilizou 311.373 casos de infeção e 4.654 mortes.
Na região Centro, registaram-se mais 1.387 casos, acumulando-se 105.421 infeções e 2.353 mortos.
No Alentejo, foram assinalados mais 389 casos, totalizando 25.941 infeções e 721 mortos desde o início da pandemia em Portugal.
A região do Algarve tem hoje notificados mais 267 novos casos, somando 17.836 infeções e 230 mortos.
A Madeira registou 120 novos casos. Esta região autónoma contabiliza 4.341 infeções e 44 mortes devido à covid-19.
Na Região Autónoma dos Açores foram registados 11 novos casos nas últimas 24 horas, somando 3.561 infeções e 25 mortos.
DADOS POR GÉNERO E FAIXA ETÁRIA
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções.
O novo coronavírus já infetou em Portugal pelo menos 334.689 homens e 406.026 mulheres, referem os dados da DGS, segundo os quais há 229 casos de sexo desconhecido, que se encontram sob investigação, uma vez que estes dados não são fornecidos de forma automática.
Do total de vítimas mortais, 6.905 eram homens e 6.352 mulheres.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se nos idosos com mais de 80 anos, seguidos da faixa etária entre os 70 e os 79 anos.
Do total de 13.257 mortes, 8.924 eram pessoas com mais de 80 anos, 2.706 com idades entre os 70 e os 79 anos e 1.127 tinham entre os 60 e os 69 anos.
Covid-19. Pico de contágios pode já ter passado, mas confinamento deve manter-se até março
Portugal pode já ter ultrapassado o pico de contágios. A única exceção do país é a região de Lisboa e Vale do Tejo, onde os números continuam sem estabilizar. O Instituto Superior Técnico (IST) da Universidade de Lisboa prevê que a pressão nos hospitais comece a aliviar só no mês de março.
Há estatísticas que mostram que o confinamento começa a ter impacto nos números. Numa análise do IST a curva que mede o grau de risco, na média dos últimos sete dias, começou a descer.
Mas a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a resistir à descida. Nos últimos dias for registado um abrandamento no número de novos casos, porém o risco continua elevado. A variante britânica do vírus pode ser uma explicação. Estes dados dizem apenas respeito à incidência.
O número de mortes deve começar a abrandar muito ligeiramente na próxima semana, mas vai manter-se alto durante mais tempo. Nos hospitais, os internamentos vão continuar a subir e os cuidados intensivos vão estar sob grande pressão pelo menos durante mais um mês.
Henrique Oliveira, matemático e professor do IST, considera que o país deverá manter o confinamento como está atualmente, pelo menos, até 22 de março. Só aí poderá avaliar se há condições para reabrir o comércio, os transportes e, sobretudo, as escolas. Nessa altura, Portugal deve ter perto de 21 mil mortos, mais oito mil do que tem atualmente.
Estes cálculos foram feitos com base nos níveis de incidência atuais que podem piorar ou melhorar conforme o crescimento das variantes do vírus e do comportamento das pessoas.