A farmacêutica Moderna disse esta quarta-feira que pretende realizar testes adicionais à vacina contra a covid-19 para assegurar a eficácia contra as variantes que têm surgido nos últimos dias.
A farmacêutica, que espera que a vacina que está a produzir seja eficaz, explicou que já tinha realizado testes por causa de variantes anteriores. Os testes confirmaram que a vacina mantinha a eficácia.
Na terça-feira, as farmacêuticas produtoras de vacinas contra a covid-19 disseram estar seguras de que as vacinas são eficazes mesmo com a nova variante do SARS-CoV-2.
No entanto, garantiram que em poucas semanas poderão adequar a vacina às mutações do virus, se for preciso.
A nova variante não é mais severa. No entanto, tem uma conjugação de varias mutações.
Desde que foi identificado na China, há um ano, o SARS-CoV-2 já sofreu milhares de mutações. A uma média são de duas por mês. A nova variante é diferente de todas as outras porque acumula várias mutações na mesma região do virus.
Nova variante no Reino Unido
Esta quarta-feira foi detetada uma nova variante do coronavírus no Reino Unido. Trata-se da mesma estirpe que foi detetada na África do Sul.
"Esta nova variante causa grande preocupação, porque é mais contagiosa e parece ter sofrido mais mutações do que a nova variante identificada no Reino Unido", disse o ministro da Saúde, Matt Hancock, anunciando que todos os que estiveram na África do Sul ou em "contacto próximo" com alguém que esteve naquele país nas últimas duas semanas deve "entrar imediatamente em quarentena".
Tal como a variante detetada na semana passada, esta variante não agrava a doença e não põe em causa a eficácia das vacinas.
A decisão foi divulgada numa conferência de imprensa usada para anunciar um alargamento a mais regiões do leste e sudeste de Inglaterra do Nível 4 de restrições nacionais a partir de domingo, nomeadamente Sussex, Oxfordshire, Suffolk, Norfolk, Cambridgeshire, bem como partes de Essex, Surrey e Hampshire.
Medidas no Reino Unido
Uma nova estirpe do SARS-Cov-2, considerada até 70% mais contagiosa, ditou a introdução do Nível 4 de restrições, equivalente a um confinamento, na região de Londres e sudeste de Inglaterra desde domingo.
Comércio não essencial, bares e restaurantes foram obrigados a fechar e as pessoas aconselhadas a ficarem em casa e a limitar o contacto com um elemento apenas de um agregado familiar diferente em espaços públicos ao ar livre.
Hanckock alegou que as medidas de Nível 3 não eram suficientes para controlar a nova variante do vírus identificada no Reino Unido e que está por detrás de um aumento exponencial de casos.
"Simplesmente não podemos ter o tipo de Natal que todos ansiamos. O Natal tem a ver contacto social e é assim que o vírus se desenvolve. Portanto, é importante que todos minimizemos o nosso contacto social o máximo possível neste Natal. Isso ajudará a protegermo-nos a nós mesmos, os nossos entes queridos e o país", disse.