O Reino Unido espera começar a distribuir a vacina da Pfizer contra a covid-19 antes do Natal, se esta for declarada segurada e eficaz.
O anúncio foi feito esta segunda-feira pelo ministro da Saúde, Matt Hancock, que adiantou que o governo britânico está a "trabalhar com a empresa".
"Estaremos preparados para disponibilizar (a vacina), estaremos prontos na primeira semana de dezembro (…) Mas o mais provável é que consigamos lançar a vacina antes do Natal", disse o ministro, citado pela agência Reuters.
Questionado sobre o número de vacinas que o Reino Unido irá precisar, Matt Hancock disse que dependeria do quão eficaz seriam a prevenir a transmissão.
Pfizer anuncia que vacina contra a Covid-19 é "90% eficaz"
A vacina contra a Covid-19 desenvolvida em conjunto pela norte-americana Pfizer e a alemã BioNTech "tem 90% de eficácia", avançaram na semana passada as duas farmacêuticas após a primeira avaliação da fase 3 dos ensaios clínicos, a última antes do pedido de aprovação pelas autoridades de saúde.
Os resultados preliminares revelam que os voluntários que receberam a segunda das duas doses da vacina experimental desenvolveram anticorpos contra o novo coronavírus SARS-CoV-2 sete dias depois da inoculação.
"Mais de oito meses depois do início da pior pandemia em mais de um século, consideramos que esta etapa representa um avanço significativo para o mundo nesta batalha contra a Covid-19", declara o diretor-geral da Pfizer, Albert Bourla, em comunicado.
"O primeiro conjunto de resultados da fase 3 do nosso ensaio da vacina Covid-19 fornece uma prova inicial da capacidade da nossa vacina para prevenir a Covid-19", garante.
Esta análise de resultados diz respeito a um pequeno número de voluntários - 94 casos confirmados de Covid-19 - num total de 43.538 participantes em todo o mundo, mas a Pfizer avança que são resultados encorajadores.
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PEDIDO DE APROVAÇÃO DE EMERGÊNCIA PREVISTO AINDA PARA ESTE MÊS
As farmacêuticas avançam ainda que contam dar entrada com o pedido de aprovação de emergência perante as autoridades de saúde dos EUA na terceira semana de novembro, "pouco depois de a etapa de segurança ser alcançada".
Os ensaios clínicos vão continuar, nomeadamente para a recolha de todos os dados referentes a 164 doentes que foram inoculados.
As duas farmacêuticas prevêm fornecer 50 milhões de doses da sua vacina em todo o mundo ainda este ano e até 1,3 mil milhões de doses em 2021.