Primeiro a covid-19 começou por ser um problema da plataforma logística da Azambuja, a zona industrial onde se juntam 200 empresas e mais de 8500 trabalhadores. A maioria das pessoas vem de fora do concelho e de comboio, o que tornou o apeadeiro numa zona de contágio. Os moradores da vila receavam que o vírus entrasse na vila, que fica a três quilómetros das fábricas.
E, esta semana, chegou. Atingindo o bairro social da Quinta da Mina. O presidente da câmara, o socialista Luís Sousa, sugeriu um cordão sanitário ao prédio onde estão os infetados, alegando que por serem ciganos precisavam de uma vigilância mais ativa. A proposta chegou ao Parlamento e o problema, que até aqui era sanitário, tornou-se também político.