Vários passageiros de um voo da Iberia Express, que seguiu de Madrid para as Canárias no domingo, protestaram através das redes sociais e questionaram se as normas de segurança estariam a ser cumpridas. O avião estava "quase cheio", sem que fosse assegurada a distância de segurança entre os passageiros, como é possível ver nas seguintes imagens.
Depois dos protestos, a Guarda Civil espanhola decidiu apresentar uma denúncia contra a companhia aérea por alegadamente violar os regulamentos do decreto de alarme. Segundo as autoridades, o avião voou com uma ocupação que excedia os 70% da capacidade (155 passageiros de 180) e as distâncias de segurança não foram respeitadas.
Os passageiros relataram que, apesar de estarem separados no aeroporto, não sabiam que viajariam nestas circunstâncias. Os voos de e para as ilhas espanholas são permitidos por motivos de força maior e o passageiro deve apresentar uma declaração a comprovar a necessidade da viagem.
Questionado sobre a capacidade dos voos de e para as ilhas, o Ministério dos Transportes e Mobilidade espanhol explicou que o decreto reitera que as companhias aéreas devem limitar a ocupaçação em 50%, revela o jornal espanhol El País. Foi também aberta uma investigação por parte do Ministério, que já solicitou à empresa dados da ocupação do voo e as medidas tomadas para evitar contágios.
Por usa vez, a Iberia Express explicou esta segunda-feira que cumpriu as diretrizes estabelecidas pelo decreto do estado de alarme. Segundo a empresa, os aviões incluem um sistema de ar que permite a sua renovação a cada dois e três minutos - filtro HEPA - com "99,9% de eficácia". Além disso, reforçou a desinfeção e a limpeza diária e suspendeu os serviços de restauração.