Coronavírus

Independentistas catalães, Julian Assange e outros detidos queixam-se à ONU

Os signatários denunciam o "não cumprimento" das normas internacionais e as "diretrizes e recomendações" das Nações Unidas.

Julian Assange, fundador do Wikileaks
Matt Dunham

Lusa

Os nove líderes independentistas catalães presos enviaram uma carta conjunta com outros ativistas internacionais também em prisão, incluindo Julian Assange, para denunciar junto da ONU a situação das prisões durante a pandemia da Covid-19.


Na carta, divulgada hoje pelas entidades do ANC e Òmnium Cultural, os signatários dirigem-se a Michelle Bachelet, alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, como "presos políticos" e denunciam o "não cumprimento" das normas internacionais e as "diretrizes e recomendações" da ONU.


Nesse sentido, invocam algumas "declarações de 25 de março passado", da própria Michelle Bachelet, nas quais a alta comissária "pediu aos governos que tomassem medidas urgentes para proteger a saúde e a segurança" dos prisioneiros diante da pandemia da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.


"Estamos preocupados com o facto de muitos Estados não estarem a cumprir as suas recomendações", alertaram no documento.


Na carta, os signatários dizem que "manter os prisioneiros em detenção durante essa pandemia representa um alto risco para a sua vida e saúde, portanto deve ser exclusivamente uma medida de último recurso".


"A situação é ainda mais preocupante se levarmos em conta a falta de higiene, recursos sanitários e a aglomeração experimentada nas prisões e centros de detenção da maioria de nossos países", destacam no documento, sem entrar em detalhes.


Entre os signatários estão os nove líderes independistas catalães condenados pelo Supremo Tribunal espanhol - Jordi Sànchez, Jordi Cuixart, Oriol Junqueras, Carme Forcadell, Raül Romeva, Dolors Bassa, Joaquim Forn, Josep Rull e Jordi Turull-, além de Julian Assange e ativistas da Argentina, Colômbia, Guatemala, Honduras e Marrocos.

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