Coronavírus

Matheus já é português e falou sobre a covid-19: "Pensávamos que era uma gripezinha" 

Guarda-redes do SC Braga tornou-se cidadão português. O jogador conta como tem passado os dias de isolamento social.

RODRIGO ANTUNES

Pedro Sepúlveda

Fechado em casa, em Braga, com a mulher e os filhos, Matheus falou sobre o surto do novo coronavírus. "Todos achavam que era só uma gripezinha, mas é algo muito mais sério. Só juntos vamos dar a volta a isto", resumiu o guarda-redes do SC Braga.

"Todos fomos apanhados de surpresa com esta situação. Eu tenho de tirar o lado positivo disto, que é poder estar junto da minha família, poder ver o crescimento e a evolução dos meus filhos todos os dias. É algo que não tem preço. Temos de tirar o lado bom e aproveitá-lo ao máximo".

Matheus disse ainda que tentar ao máximo "fugir" às notícias da televisão sobre a covid-19:"Aqui é só Panda, desenhos animados... Também para que os meus filhos não vejam essas notícias. O que os olhos veem, o coração sente. E se começarmos a ver coisas ruins, vamos ficar chateados.

No entanto, a ligação familiar não lhe permite estar completamente 100% desligado da atualidade: "No Brasil não está a ser fácil. Os meus pais estão em casa, saem só para supermercado, farmácia ou postos de combustível... tenho o meu irmão na China, também de quarentena, fechado num quarto de hotel. Só juntos vamos passar isto", revelou o guarda-redes do SC Braga.

Na semana em que celebrou o 28º aniversário, Matheus teve a notícia de que o processo de naturalização portuguesa foi concluído. O guarda-redes do SC Braga pode agora representar a seleção nacional.

"Todos os jogadores têm o sonho de chegar à seleção. E agora tenho esse privilégio de poder chegar à seleção do meu país. Eu não penso nisso como algo de imediato, pois para já quero usufruir dos privilégios de qualquer cidadão português, os seus direitos e deveres. Mas claro que qualquer jogador sonha ser internacional pelo seu país", afirmou Matheus, em conversa com jornalistas.

"É uma alegria imensa. Na minha família só eu não era português. Eu até dizia em brincadeira que eu era um intruso. Eu já me sentia português, mas não tinha os documentos. Agora tenho-os", diz Matheus, que chegou a Portugal em 2014 para representar o SC Braga.

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